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12/05/09

Qué, qué isso ó José?

Depois de ver que a politica do "faço as coisas por outro lado" não deu o resultado esperado (Pinto da Costa continuou em força no FC Porto e o clube não foi afastado da Liga dos Campeões nem deixou de dominar em Portugal), Luís Filipe Vieira gastou milhões em contratações de jogadores. Algo a que não estava habituado. E por isso errou mais uma vez. Foi a Espanha com o outro dos tuneis, falou com uns velhotes que não tinham lugar nos clubes onde estavam, fez a 49ª campanha do "agora é que vai ser", pagou-lhes para dizerem que são benfiquistas desde pequeninos e meteu-os na arena a tentar vencer os bravos gladiadores nortenhos. Não é assim que se constrói uma equipa.

O negócio podia dar um bom lucro ao José (porque continuam a chamar Joe a um tipo que se chama José?) mas não deu. Jogadores não são pneus mesmo que alguns escondam droga. E por isso ficou chateado até porque não foi o único investimento que lhe correu mal nos últimos tempos. Antes pelo contrário.

Ao ponto de agora dizer que está farto do Vieira.
Estamos há tantos anos nesta vergonha! O FC Porto tem um presidente que se dedica ao clube 24 horas por dia. Acho que o nosso próximo presidente tem de ser um líder a tempo inteiro

E tem de perceber de futebol como Pinto da Costa. Mas isto sou eu que digo.

O problema é que, mesmo depois de perder centenas de milhões de euros nos últimos anos, principalmente na bolsa mas não só, o José continua a ter muito dinheiro. Até porque aqui e ali vai tendo umas ajudas do estado, directas e indirectas. E por isso (apenas por isso, diga-se) é uma pessoa que tem alguma influência no Benfica e nos benfiquistas. E esse é o problema porque não é bom que ele esteja contra Vieira. Pode ter a ideia de meter alguém a concorrer contra o actual presidente e, por obra do diabo, essa pessoa vencer as eleições. Já imaginaram a desgraça? Estamos tão bem assim...

3 comentários:

mega disse...

'aí está o trunfo eleitoral do orelhas:

http://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHora_futslbquaresmapoderegressaraport_130509_135182.asp

Toupeira disse...

Não sei mega...a não ser que tenha perdido algum episódio deste filme, parece-me estranho que isto seja possível por cinco razões:

1- Essa transferência seria sempre um investimento grande demais para um clube como o Benfica. O passivo está a aumentar a grande velocidade e o clube terá de meter um travão nas despesas caso contrário voltará, mais depressa que muita gente pensa, para onde estava quando Vale e Azevedo deixou o clube.

2- Não acredito que o Benfica tenha algum jogador com valor suficiente para que possa servir de moeda de troca

3- O elevado salário do jogador que no Porto já ganhava 2,1 milhões de euros/ano e no Inter ficou a ganhar 3,5 milhões/ano.

4- No negócio entre o Porto e o Inter deverá existir uma clausula que proibe o jogador de regressar a Portugal

5- Quaresma foi vendido ao Inter por 24,6 milhões de euros (18,6 milhões + o passe de Pelé avaliado em 6 milhões) e segundo comunicado do FC Porto enviado à CMVM, "o valor global a receber por esta transferência poderá atingir os 30,6 milhões de euros, dependendo da performance desportiva do atleta Ricardo Quaresma e do próprio clube que irá representar, o Inter de Milão, durante as próximas três épocas desportivas"

portodocrime disse...

Alvaro,
este é para todos nós.

De uma cidade diferente a um clube odiado
Há uma frase muito antiga, que outros agora procuram copiar, que diz “O Porto é uma Nação”. Frase antiga e verdadeira, oriunda de uma época em que a cidade do Porto e as cidades vizinhas eram mais pequenas, em que os jogos do campeonato eram sempre aos domingos à tarde e correspondia ao bairrismo característico dos portuenses, sempre e desde a época medieval ciosos das suas liberdades e autonomia, prontos a defendê-las perante o bispo da cidade ou qualquer nobre que nela pretendesse habitar. Foi durante séculos uma cidade burguesa, industrial e popular, ao contrário de Lisboa, Coimbra, Braga e outras, com bandeira própria e comerciantes e marinheiros que percorriam os portos europeus e não só. Depois a centralização do poder, no tempo da monarquia absoluta, da Primeira República e a Ditadura do Estado Novo, até 1974, com um ligeiro intervalo durante o Liberalismo, retiraram a esta cidade a maior parte dos seus direitos e valores. Através dos meios de comunicação de cada época, principalmente no século xx, esses valores foram sendo apontados como “provincianos” e só os da capital eram propagandeados e exaltados. A conclusão foi a inevitável: na cidade, no Norte e no resto do país muitos dos habitantes adoptaram a maneira de falar, de vestir e até os gostos desportivos da capital, pobres colonizados que passaram a assistir a espectáculos bárbaros como as touradas e a preferir a cor vermelha ou a verde, ligadas aos árabes, em vez das tradicionais cores nacionais, o azul e branco.
Antes e depois do 25 de Abril de 1974 até hoje, a cidade do Porto e a sua região foram discriminadas, vilipendiadas, numa palavra roubadas. E que fizeram os partidos políticos e os deputados que foram eleitos nas suas listas pelo distrito? Se podemos não aceitar mas compreender o seu comportamento durante os períodos de ditadura, o mesmo não podemos fazer após a instauração daquilo a que ouvimos chamar “democracia”. Os actuais partidos políticos, quase todos fundados em 1974 ou depois, têm-se limitado a prometer mais igualdade a nível nacional e maiores investimentos na região. Apenas promessas que os deputados, por aqui eleitos, esquecem mal se apanham na Assembleia da República, traindo as suas promessas e os cidadãos desta região.
A nacionalização de empresas durante o “gonçalvismo” e, mais tarde, as “privatizações” com Cavaco Silva provocaram profundas alterações a nível económico e social em Portugal, levando a uma excessiva concentração de recursos nacionais e da União Europeia na região de Lisboa, com investimentos caríssimos já realizados ou em projecto, enquanto a região do Porto pouco tem recebido.
Com os meios de comunicação social todos instalados ou dirigidos de Lisboa, principalmente as televisões, assistimos a sucessivas campanhas de exaltação dos clubes de Lisboa enquanto se omitem, se menosprezam e se apoucam os feitos nacionais e internacionais do F.C. do Porto. Assistimos, inclusivamente e durante anos ao lançamento de uma campanha de incitamento ao ódio a este clube na SIC, por parte de certos “jornalistas” de nacionalidade portuguesa e estrangeira. Em muitos órgãos da comunicação nacional celebram-se, nos bastidores ou mais às claras, as derrotas internacionais e nacionais do clube, reflectindo-se essa animosidade na forma como são redigidas e transmitidas as notícias. Clubes que muito gastam em centenas de jogadores e nada ganham são quase todos os dias exaltados em primeiras páginas de jornais, enquanto as notícias do Porto aparecem em tamanho minúsculo. Outro exemplo, que todos os portistas conhecem, foi a campanha “montada” contra Pinto da Costa. E que aconteceu a Carolina Salgado, Leonor Pinhão, Luís Filipe Vieira e muitos outros envolvidos neste caso e em outros? Nada, pois a justiça não existe em Portugal. A Justiça costuma ser representada com uma venda nos olhos, mas é um escândalo e um descrédito para o Ministério Público e outros órgãos a ela ligados o que está a acontecer. Mais uma vez, dois pesos e duas medidas! Os criminosos passeiam-se e são soltos, principalmente quando têm como cor o vermelho, mas se um azul e branco fizer algo cai o Carmo e a Trindade, frase lisboeta tão conhecida. Autocarros incendiados, adeptos atacados, recintos de hóquei em patins com jogadores agredidos por adeptos são alguns dos frutos do ódio pregado contra o clube azul e branco.
Enquanto muitas câmaras municipais ajudam com terrenos que depois os clubes vendem (Braga, Benfica, Setúbal) os clubes dessas cidades ou lhe cedem o estádio municipal e uma enorme verba (Guimarães) e algumas constroem estádios onde o clube da cidade joga sem grandes despesas (Braga) e nas regiões autónomas da Madeira e Açores os governos regionais apoiam os clubes locais, nos últimos oito anos o F.C. do Porto, hoje em dia a maior marca da cidade, tem sido hostilizado por um político profissional que ascendeu ao cargo de presidente da dita, que não tem seguido uma política isenta, já que só tem olhos para o “seu” clube e para números, ignorando os benefícios que o clube azul e branco tem trazido à cidade, à região e ao país. Nada a esperar de um indivíduo que, enquanto deputado, nunca defendeu a cidade e o Norte e faz parte de um grupo de políticos desta cidade e do seu partido que não têm um mínimo de sensibilidade e respeito pelos habitantes desta cidade e região.
Mais que um clube
Perante toda esta realidade indesmentível e apesar de todas as campanhas dirigidas contra ele e as pessoas a ele ligadas, o clube continua a vencer, de forma clara, os seus adversários em campo e aqueles que procuram alcançar na secretaria o que não têm capacidade para alcançar no terreno de jogo.
O número de adeptos aumenta cada vez mais, tornou-se o melhor clube português a nível internacional, basta comparar os troféus conquistados.
Para a maioria dos seus adeptos, vivam onde viverem, as suas vitórias são um lenitivo para as dificuldades que atravessam e embora contentes, só o encaram como um clube desportivo. Mas, para uma parte cada vez maior desses adeptos, principalmente para os do Grande Porto e seu distrito, mais conscientes e conhecedores do que se passa em Portugal, aqueles que poderemos classificar como uma “vanguarda”, o F.C. do Porto já não é só um clube desportivo, embora o melhor de Portugal. Tornou-se mais do que um clube, pois passou a encarnar e a representar os valores, os anseios e o desejo de justiça de quem se sente, todos os dias, discriminado, prejudicado, maltratado, traído pelos políticos que nos deviam representar e defender e não o fazem, por carreirismo ou defesa de outros valores desportivos ou materiais. Se os partidos políticos não cumprem o seu dever, se alguns deputados e políticos não defendem nem representam efectivamente quem os elegeu, então é natural que cada vez mais portugueses, principalmente no Grande Porto, apoiem fervorosamente o clube e esperem dele mais do que apenas vitórias. Querem que a única instituição nacional, de fora de Lisboa, capaz de enfrentar e vencer os clubes de Lisboa, os vingue e sacie a sua sede de justiça contra os eternos protegidos de uma capital ingrata e madrasta para a maioria dos portugueses.
É por isso que certos “jornalistas” e “ comentadores” televisivos e não só, que se consideram importantes e “opinion makers”, não conseguem compreender que, ao celebrar mais uma qualquer vitória, muitos adeptos do Porto insultem e ataquem aqueles que consideram inimigos, inimigos da sua cidade, da sua região, do seu clube, até do seu país, pois se esses indivíduos e os dirigentes e adeptos dos seus clubes passam a vida a atacar o clube e a região, é compreensível que aqueles que, no Porto, continuam a defender os valores da cidade e da região e não gostam de dever nada a ninguém lhes respondam à letra. Contas à moda do Porto! Quem ataca e prejudica o clube, a cidade, a região e os portistas, estejam eles onde estiverem, terá a resposta que merece. A cidade do Porto é a mãe da liberdade em Portugal enquanto Lisboa sempre se submeteu e viveu à custa do poder vigente. Para nós, o tempo da submissão já acabou, excepto para os colonizados, para os cobardes subservientes e para certos políticos que nos atraiçoam.
Por tudo isto F. C. do Porto – Mais do que um clube!

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