Há três meses que Ricardo Quaresma não marcava em jogos para a Liga - quando na primeira jornada, em Braga, resolveu o jogo com dois livres directos. Pelo meio do jejum fez um golo decisivo em Istambul e semeou assistências avulsas (seis ao todo: cinco na Liga, uma na Champions) sem no entanto disfarçar a má fase. Durante semanas, os adeptos portistas deram sinais de impaciência para com a quebra de forma: onde antes elogiavam a magia, agora detectavam apenas individualismo e obstinação. O extremo foi respondendo à sua maneira: com uma autoconfiança que, no campo e fora dele, chega a confundir-se com arrogância. "Já há muito tempo que andam a criticar-me, mas nos momentos decisivos estou sempre lá", lembrou depois do segundo jogo com o Marselha. Tinha razão, claro: no futebol toda a gente acaba por ter razão, mas o talento tem-na com mais frequência. O remate certeiro que bateu Eduardo este domingo foi o sinal: no arranque de um ciclo que vai condicionar o resto da temporada, o maior desequilibrador dos últimos campeonatos parece reencontrar-se com a eficácia. Nem sequer está a jogar bem, diz-se. O que fará quando estiver. Nuno Madureira, director adjunto do site maisfutebol
Estou de acordo com o Nuno Madureira, mas gostaria de adiantar que o futebol mágico do Quaresma não se pode resumir apenas aos golos que ele marca. Porque os passes para os golos dos outros também contam e ajudam a vencer muitos encontros. Para além daquelas fintas perto das laterais e os cruzamentos de trivela que só ele sabe fazer e que a mim fazem-me sempre sorrir. Mesmo quando o resultado não é o que ele e todos nós desejamos. Por falar nisso, vejam este video e depois, se tiverem coragem, digam-me que um jogador que tenta coisas destas não tem direito a errar:
A prova
Jaime Pacheco não tem sido feliz no Boavista. No entanto, pouco ou nada foi criticado. Mais interessante ainda, ao contrário do que costuma acontecer, a corda partiu pelo lado do presidente que, depois dos péssimos resultados desta época, foi obrigado a pedir a demissão. Sempre achei isso um pouco estranho. Ontem percebi que talvez não seja tão estranho assim: "Sou a pessoa mais forte deste clube. Tenho uma serenidade muito grande, transmito muita confiança" Jaime Pacheco
Liga Intercalar: "Esta prova não pode ser um flop"
"Os clubes portugueses vivem grandes dificuldades e só com a competição é que os jogadores, o mais importante no futebol, podem evoluir. No entanto, estas provas, se não forem bem sustentadas, podem não ter retorno e corremos o risco de se repetirem situações com as equipas B. Esta prova não pode ser um 'flop'. Jesualdo Ferreira
Sem comentários:
Enviar um comentário