Perdemos uma batalha mas não perdemos a guerra!

A derrota de ontem à noite foi a segunda da época, mas como já tinha acontecido no Mónaco com o Milão, também ontem, o Porto vendeu cara a derrota e só não fez melhor resultado por manifesta falta de sorte.

Depois de entrar em campo a todo o gaz, o golo depressa apareceu por intermédio de um jogador que ultimamente até tem sido muito castigado pelos adeptos dos rivais, embora já antes o Pedro Mendes tivesse um remate à Roberto Carlos que o guarda-redes espanhol defendeu.

Costinha mostrou uma vez que é de longe o melhor trinco do futebol português, e só fanatismos doentios é que podem fazer com que algumas pessoas digam o contrário.
Depois do golo, o Porto continuou a massacrar o Real Madrid e podia até ter elevado a contagem quando aos 18 minutos, Derlei rematou depois de um passe de Deco (os lances de perigo sairam quase todos dos pés de Deco) tendo mais uma vez, Casillas feito uma grande defesa.

Já agora aproveito para dizer aos jornaleiros vermelhuscos que tudo fizeram e disseram para que ficasse a ideia que esta defesa do Real não prestava, que todos (mas todos mesmo!) elementos desta defesa éram titulares caso jogassem nos planteis do Benfica e do Sporting! Quando vejo na primeira página de um jornal vermelhusco em letras gordas "Luisão é mesmo craque!" e depois o mesmo jornal dizer que esta defesa é fraca, fico com vontade de mandar estes senhores(?) pentear macacos!

Voltando ao jogo, e depois de cerca de trinta minutos de dominio, os dragões sofrem um golo no primeiro remate do Real à nossa baliza!
Depois do golo do empate, os jogadores portuguêses como que ficaram hipnotizados pelo valor de Zidane, Helguera, Solari e companhia, nunca mais se encontrando.

No entanto, o marcador do golo do Real, Helguera, e a acreditar no que os nossos jornaleiros disseram aquando da entrada por trás de Costinha no jogo com o Sporting, devia ter sido expulso aos 18 minutos por ter tido uma entrada por trás exactamente sobre o mesmo Costinha.

A segunda parte foi uma cópia da primeira com o Porto a entrar melhor, a criar perigo inclusive a marcar um golo que na altura me deixou imensas duvidas, e no entanto mais uma vez, no primeiro remate à baliza de Vitor Baia o Real volta a marcar. Baia, que diga-se até esteve bem, embora tenha tido menos que fazer do que Casillas que foi quanto a mim o melhor elemento em campo.

Do lado do Porto (não me posso demorar muito pois tenho que sair) este jogo serviu para mostrar a todos que a magia de Deco está de volta!
O Mágico jogou e fez jogar, correu imenso e só não fez mais porque do outro lado estava realmente a melhor equipa do mundo.
Estou convencido que o Porto embora tivesse entrado com uma equipa algo medrosa, fez um grande jogo e só não ganhou por manifesta falta de sorte!

Nada está perdido pois já na época passada os campeões nacionais também perderam um jogo nas Antas para a taça Uefa e no entanto em Sevilha tiveram o justo prémio.
Foi simpática a maneira como o publico brindou os dragões com um forte aplauso, tal como tinha acontecido na époica passada, querendo dizer à equipa que os adeptos continuam confiantes e que não será por termos perdido com a melhor equipa do mundo que vamos desanimar, antes pelo contrário pois esta derrota vai dar mais animo à equipa para melhorar ainda mais.
Sendo assim, estes três pontos vamos ter que os ir buscar a Marselha ou quem sabe, a Madrid, pois caso tenhamos a sorte que ontem calhou aos galácticos tudo é possivel.