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22/08/04

O coleccionador de taças

Vítor Baía está a duas taças de conquistar tudo a nível de clubes. A primeira oportunidade é já na próxima semana; a outra ficará adiada até Dezembro. Ao futebolista com mais títulos em todo o Mundo só falta mesmo um livro

Por HUGO SOUSA
www.ojogo.pt

Que Vítor Baía era um coleccionador de troféus já se sabia; que era o melhor coleccionador do Mundo ficou a saber-se depois de somadas todas as parcelas. Aliás, parte da musculatura de braços de Baía deverá resultar desse hábito de levantar taças e, a continuar assim, será melhor vigiar o fígado de vez em quando para ter a certeza de que o inevitável champanhe que bebe por cada uma delas não lhe traz problemas.

Tão ou mais impressionante do que o número de títulos é a forma exuberante como Vítor Baía os festeja. As fotografias que ontem documentavam a festa de Coimbra traduzem esse espírito: agarrado à Supertaça, como se não fosse a sétima igual que ergue em toda a carreira, e a acarinhá-la como se de uma espécie de elixir da eterna juventude se tratasse. Talvez seja. Ao contrário de um coleccionador comum, o guarda-redes portista não se incomoda com o facto de repetir alguns cromos. Arranja espaço para todos na caderneta pessoal de recordações, mas até Dezembro tem a possibilidade de caçar dois originais muito cobiçados: a Supertaça Europeia, que lhe escapou dos dedos para o Milan na época passada, e a Taça Intercontinental, que disputará pela primeira vez, contra o Once Caldas. Se o conseguir - e a menos que UEFA se lembre de inventar uns títulos novos - Baía faz o pleno que um jogador pode ambicionar a nível de clubes.

As últimas duas épocas ampliaram consideravelmente o currículo, ao ponto de quase o obrigar a utilizar máquina de calcular para saber ao certo o resultado de uma soma que é simples: dos 26 títulos contabilizados, 21 foram conquistados com a camisola do FC Porto e os outros cinco com a do Barcelona. A Selecção não lhe acrescentou nenhum e da continuidade de Luiz Felipe Scolari resulta a certeza de que essa é uma torneira definitivamente fechada. Esse é o único nó que lhe sobra na garganta e que nem o tal champanhe que por lá escorregou nos últimos meses conseguiu desatar. Scolari não lhe confiou a baliza no Europeu, mas a UEFA apostou nele: no Mónaco receberá o título de melhor guarda-redes europeu da última temporada. "Teria umas histórias engraçadas para contar num livro", disse no defeso da época passada. Talvez as conte brevemente.

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