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20/06/06

O benfiquismo no grupo D

Angola
Os angolanos têm João Ricardo na baliza, um guarda-redes que já mostrou ser capaz de fazer grandes defesas entre os postes mas que mete muita água quando é obrigado a saír aos cruzamentos. Moretto nisso é muito parecido. Mas João Ricardo também tem a simpatia da imprensa que, como é normal, exagera quando vê nele um guarda-redes acima da média, uma história já vista nos dias que se seguiram ao jogo que Rui Nereu fez contra o Villarreal. Na altura as primeiras páginas dos jornais elevaram de tal maneira o jovem guarda-redes e fizeram dele aquilo que ele não éra que só podia bater no fundo dois ou três jogos depois. Espero que o mesmo não aconteça com João Ricardo.
Mas Angola também tem Mantorras! E no banco que é lá que ele se sente bem. No entanto, tal como acontece no Benfica, o jogador continua a ter a simpatia dos adeptos e da imprensa vá-se lá saber porquê.
Outra coincidência tem a ver com a qualidade dos adeptos. Tanto o Benfica como Angola têm muitos mas de nada lhes servem ou apenas servem para estorvar porque são de uma camada baixa, cheios de problemas financeiros e todos sabemos que numa casa onde não há pão, todos berram e ninguém tem razão. Isso acontece na selecção angolana mas nota-se mais no Benfica.

Irão
É a selecção da ditadura e só por isso merece ser comparada ao Benfica. Quem critica a selecção do presidente Mahmoud Ahmadinejad está feito ao bife e em Portugal aconteceu exactamente o mesmo quando alguém criticava o Benfica durante o regime fascista de Salazar. Mas mesmo agora, mais de trinta anos depois do 25 de Abril, muitos jornalistas são ameaçados pelo traficante mas também pelos seus superiores e alguns chegam mesmo a ser despedidos como aconteceu com Ferreira Fernandes que foi obrigado a deixar uma crónica que tinha no jornal Record depois de dizer que, como benfiquista, não aceitava a maneira como o seu clube tinha vencido o campeonato.

México
Tal como os benfiquistas, estes também têm a mania das grandezas e talvez venham a pagar por isso. Antes de começar o Mundial, o presidente mexicano não esteve com meias medidas e disse que o seu país ia ser campeão do mundo. Não ia tentar, ia ser! Talvez tenha razão...mas se estão com essa ideia o melhor éra começarem a jogar futebol como deve ser porque não é com frases dessas que lá vão. No Benfica também falam muito mas fazem muito pouco. "O maior clube do mundo dentro de três anos", "Seremos 300 mil sócios" ou "Vamos dominar na Europa dentro de três anos", são algumas frases conhecidas do traficante em muitas outras que ele costuma dizer, mas resultados, nada. Tudo bocas foleiras para adepto aplaudir...tal como fez o presidente mexicano.

Equipa do soldadinho de chumbo
No Benfica já afirmaram que o clube ia ser a espinha dorsal da selecção e é verdade que neste Mundial tinham uma boa oportunidade para dizerem que afinal existem promessas que são cumpridas se não tivessem esquecido um pequeno pormenor. De dizer que o clube ia ser de facto a espinha dorsal mas do banco da selecção.
Por falar em banco, o Benfica e a equipa do brasileiro têm outras coisas em comum a começar por Eusébio. Tanto numa equipa como na outra, o moçambicano não faz nada mas está sempre presente e pronto a sorrir para os adeptos. E é pago por isso, o que não é nada mau. Falando da sua carreira desportiva, ao contrário de muitos adeptos não posso dizer bem ou mal de Eusébio como jogador de futebol porque não me lembro de o ver jogar e não sou tão novo como isso. Sei que fez um bom Mundial e também sei que marcava muitos golos mas éram outros tempos e os resultados éram quase todos desnivelados com goleadas sucessivas. Mesmo assim, Eusébio tem menos golos marcados ao serviço da selecção que Pauleta e isso pode querer dizer alguma coisa.
O Populismo também faz parte dos dois clubes. A começar pela quantidade enorme de festas pimba antes do tempo, passando pelas primeiras páginas dos jornais onde uma vitória frente ao Gil Vicente ou Angola são comentadas como se de uma final da Liga dos Campeões se tratasse, e acabando com frases do estilo "quem não está connosco, está contra nós", talvez seja o populismo que faz a grandeza das duas equipas ao contrário de outras que dão mais importância aos resultados que dão títulos e não os que servem apenas para cumprir calendário.

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