Há dias em que é difícil escrever... Depois da humilhante goleada que o meu clube sofreu em Liverpool, confesso que passei horas de irrequietude, deambulando pela casa e adiando esta minha espinhosa missão. Para os observadores e alguns adeptos que olham o futebol com racionalidade, a derrota em Anfield Road não é um resultado anormal. Há, como é evidente, uma diferença enorme no orçamento e também na qualidade individual dos jogadores. Com alguma benevolência, haveria três ou quatro dos nossos jogadores que caberiam no plantel dos «reds». Além disso, o Liverpool jogou tudo por tudo, já que não podia desperdiçar pontos, enquanto o FC Porto sabia que continuaria a depender apenas de si, qualquer que fosse o resultado. Nada está perdido e bastará vencer o Besiktas em casa para garantir não só o apuramento como também o importante primeiro lugar do grupo. Ainda assim, esta foi uma derrota que custa a digerir, porque me chegou a parecer evitável e porque — por culpa de Pinto da Costa — estou muitíssimo «mal habituado». Como o jogo não era crucial e ocorreu em vésperas da importante visita à Luz, Jesualdo decidiu poupar algumas peças do seu xadrez habitual e rodar o plantel, tal como eu previra. Viu-se mais uma vez quão infelizes foram as contratações e porque é que Jesualdo não gosta de chamar reforços a tão triste safra. Ainda assim, e depois de um mau início, o magistral golo de Lisandro equilibrou a contenda e o argentino teve até uma boa oportunidade para colocar a equipa em vantagem mas, como tantas vezes acontece, esse desperdício viria a sentenciar o jogo, que na segunda parte, e à medida que o tempo se esgotava, foi tendo só um sentido. O que me impressionou, quando o árbitro resolveu inclinar o relvado e o Liverpool iniciou o vendaval ofensivo dos últimos minutos, foi a enorme dificuldade portista para travar a avalanche, por falta de uma voz de comando e por fragilidades individuais que se vão repetindo e que se repercutem no colectivo. Em vésperas do clássico da Luz, o jogo que os portistas mais gostam de ganhar ,não é altura de crucificar jogadores que só se devem lembrar dos disparates de Anfield para não os repetirem. Hoje é pois dia de dar alento à equipa e de lembrar a Jesualdo que este é um jogo em que nem pode fazer economias nem se pode deixar intimidar pelos nomes estampados nas camisolas. Este jogo, professor, é mesmo para ganhar, com aqueles que estiverem em melhor forma e em condições de bem jogar!
Rui Moreira
A final da Liga dos Campeões vai deixar de realizar-se a uma quarta-feira e vai passar para sábado à noite. (...) O novo modelo da Liga dos Campeões prevê novas oportunidades para os clubes mais fracos, tal como o Michel Platini pretendia. A fase de qualificação vai ser dividida em dois. De um lado vão estar quinze equipas dos país com melhor ranking, que vão disputar cinco vagas. Os campeões dos quarenta países menos cotados vão lutar por outros cinco lugares na fase de grupos, mas separadamente.
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2 comentários:
Não te é nada??? Então casa-te com ele!
Enfim... Acerca de Liverpool irei escrever algo no meu blogue... Com imagens e alguns videos em que tirei lá!
Foi fabuloso... E o Porto não jogou mal... Teve foi azar! Até o Jesualdo surpreendeu e não tentar defender o resultado!
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