De regresso ao Portogal

Caros amigos, embora o tempo livre não seja muito, deixei de escrever porque não queria que o último post ficasse esquecido já que, ao contrário da maioria, tinha a certeza que o Porto ia jogar para vencer em Alvalade. E mesmo sabendo que do outro lado estava um candidato ao título e um dos maiores Calabotes da actualidade.

Porque, como escrevi, a pesada derrota de Londres ia "abanar" os jogadores. Também é certo que o mesmo podia acontecer com os do Sporting depois da derrota na Luz e os assobios na Champions, mas aos jogadores leoninos falta-lhes algo que os profissionais do FC Porto têm há mais de trinta anos: Mistica.

Mas também a cultura de vencer que jogadores como Fernando Gomes, João Pinto, Jorge Costa ou Vítor Baía, entre tantos outros, sempre souberam incutir nos que acabavam de chegar ao clube. O mesmo acontece agora já que não é por acaso que Pedro Emanuel, Nuno ou Vítor Baía continuam a defender as cores do nosso clube.

Mas nem sempre foi assim. Os mais velhos sabem que nos gloriosos tempos da outra senhora os portistas rezavam para perder por poucos sempre que o clube tinha de ir jogar a Lisboa. Éram outros tempos e outros adeptos, humildes e nada arrogantes, raramente assobiavam a equipa. Agora ouvem-se assobios no Dragão jogo sim, jogo sim. São os seguidores de Rui Moreira, Octávio Machado e todos os recordistas da mentira a incentivarem os nossos adversários.

Mesmo quando a equipa é Bi-Campeã o treinador não vale uma merda. Já os adeptos que passam épocas inteiras a pedir a sua demissão são os melhores treinadores do mundo. Aliás, não percebo porque razão Pinto da Costa continua a pagar uma pequena fortuna a Jesualdo Ferreira quando tem adeptos que, se tivessem oportunidade para tomar conta da equipa, éram campeões de Portugal e da Europa todas as épocas sem receber um euro. Enfim, sejamos sérios.

Os jornalistas anunciaram ao mundo, muitos portistas foram atrás e também eles disseram que a derrota de Londres foi uma humilhação.

É verdade que não caíu bem a ninguém, mas maior humilhação seria vencer em Londres e depois perdermos todos os outros jogos até à eliminação. Não será o caso. Aliás, só dependemos de nós para sermos primeiros do grupo embora o mais importante seja a qualificação.

Por falar nisso, já estamos na frente da Liga portuguesa e com vantagem directa sobre os nossos adversários. Nada mau para um plantel e um treinador tão fracos.