Termina com mais um excelente espectáculo, com grandes golos, e com (mais) uma vitória. Até os céus choraram (e de que maneira, até granizo caiu!!), por não poderem mais assistir aos grandes espectáculos que as Antas sempre lhes proporcionaram... aquelas tardes, aquelas noites de glória, de espectáculo, de vitórias.
Só foi pena ter sido numa noite... porque merecia que tivesse sido numa tarde, como as inúmeras que viveu de festa... aquelas em que o estádio se enchia de côr e alegria... em que se ouvia o barulho da multidão, e mesmo, algumas vezes, o silêncio ensurdecedor dos grandes palcos.
Hoje cheguei a ouvir o "bruááá" da multidão dos jogos ao Domingo à tarde... quando o João Pinto, depois de mais uma grande arrancada, mandava um cruzamento para a bancada, quando o Baía fazia uma defesa do outro Mundo; quando o Madjer metia o adversário num nó bem apertado; quando o Futre fazia as grandes arrancadas pela sua "avenida"; quando o Jaime Magalhães, o Sérgio Conceição, o Capucho, trocavam os olhos aos defesas, quando o Aloísio fazia um daqueles cortes que só ele sabe fazer; quando o André ou o Paulinho ganhavam aquelas bolas na raça; quando o Gomes marcava um golo à Gomes; quando o Domingos marcava um golo à Domingos; quando a bola ia para o Drulo e já todos adivinhavam o golo do Jardel; quando o Branco, o Geraldão, o Deco, o Timofte, o Celso, o Sousa se preparavam para marcar mais um daqueles livres como só eles sabem... enfim, apesar de não o estar, senti o estádio cheio... e apesar de ser de noite, senti a luz do dia... daquelas tardes mágicas passadas nas Antas. O "Domingo à tarde nas Antas", ficará para sempre na minha memória, e só tenho pena que nos últimos anos tenha sido tão pouco frequente...
Um Estádio que "se despede" com os impressionantes números de:
- 997 jogos oficiais
- 798 vitórias
- 119 empates
- 80 derrotas
- 2636 golos marcados
- 610 golos sofridos
Não admira que até os ceús tenham chorado na sua despedida.
Um até sempre ao Estádio das Antas...
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