As off-shores de José Veiga que Maria José Morgado há tempos denunciou

JOSÉ MANUEL RIBEIRO:
Antes mesmo de ter encontrado provas de que José Veiga vendeu o Estoril a si próprio para poder funcionar oficialmente no Benfica, e ainda que descubra o contrário, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários já provou alguma coisa: provou que é muito difícil driblar os mecanismos que pretendem garantir a verdade desportiva da SuperLiga. Muito difícil. Se tivermos em conta que esta suspeita já existia à altura do inverosímil Estoril-Benfica no Algarve (só lhe faltava a chancela pública); que o presidente do Estoril fora chefe do departamento de futebol do Benfica e assumia o benfiquismo em todas as entrevistas preparatórias do acto; que a equipa técnica do Estoril dava sinais claros de incómodo e que a mudança de local do jogo era totalmente irregular por não se adequar a nenhuma das excepções previstas nos regulamentos, compreende-se que a Liga, perante este processo tão limpo e livre de indícios, não tenha podido fazer outra coisa senão autorizar a troca do Estádio António Coimbra da Mota pelo do Algarve.

Paulo Barbosa:
“Será que a empresa Spireli, detentora maioritária da SAD do Alverca, foi constituída na zona franca da Costa de Caparica?”

Rui Santos:
Quem é que, afinal, percebe de ‘off-shores’? Não era a este tipo de relações e negociatas que se referia Maria José Morgado?