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Ficar sem Hino depende de nós

Depois das Torres Gémeas, sou menos livre. No aeroporto, sem eu ter nada de suspeito, alguém diz: “Tire os sapatos”. Obedeço, de bom grado. Sei que, eu e o homem que me manda fazê-lo, estamos do mesmo lado. A culpa não é dele, é dos que deitaram abaixo as Torres.

Outra liberdade ameaçada: cantar o Hino no estádio. Depois da violência no Turquia-Suíça, Blatter, o patrão da FIFA, disse que os hinos vão ser proibidos. Porque acirram. A mim, não: cantei no jogo com a Grécia e bati palmas aos gregos, no fim. Os que assobiaram foram calados pela civilidade dos outros. Está aí como lutar contra os cortes de liberdade.

Contra terroristas já vamos tarde, temos de nos descalçar. Mas aos ‘hooligans’ podemos pô-los na ordem. Basta os muitos que somos não nos rendermos.
Ferreira Fernandes