Nas alturas em que a arbitragem está na ordem do dia pelos piores motivos como acontece neste momento, aparece sempre alguém a exigir o profissionalismo na arbitragem como se uns milhares a mais no bolso dos senhores do apito pudessem fazer com que eles passassem a ver o penalti que antes não tinham visto. Não é bem assim. É verdade que teriam mais horas de treino e como tal estariam mais aptos a acompanhar os lances mas os erros seriam os mesmos porque um jogador não deixa de falhar um penalti ou um golo de baliza aberta só porque treina três horas ou quatro horas por dia e ganha milhões. De qualquer maneira, o que os árbitros recebem actualmente não é tão pouco como isso e já seria suficiente para me fazer pensar em fazer carreira caso tivesse uns quilos e principalmente uns anos a menos, assim como seria suficiente para que pagasse sempre do meu bolso a minha conta no Sapo ou nas discotecas. Senão vejam.
5 comentários:
Escama Dragões
Quando os arbitros não querem entregar a sua declaração de interesses obrigatória por lei, está tudo dito. O que querem esconder? que moral tem um agente da lei que não cumpre a lei?
Eu sou apoiante da profissionalização e da punição por erros cometidos porque quanto maior é a liberdade maior terá que ser a responsabilidade.
Outra coisa que é preciso desmistificar é o discurso que eles agora têem que um jogador quando falha um penalty (ou outra situação qualquer
)não é penalizado e les são crucificados. Convém dizer que quando o jogador falha o golo está a ser penalizado financeiramente pelo erro pois a grande maioria tem prémios por golos marcados e mais coisas haverá para dizer mas por agora fico por aqui.
Saudações Leoninas
Quando eles dizem isso estão-se a referir à opinião publica porque é verdade que os adeptos admitem mais depressa um erro de um jogador que um erro de um árbitro.
Sub21 - VERGONHA!
Russia 4 Portugal 1
Em resposta ao meu post;)
Liga quer tornar árbitros profissionais em quatro anos
[ 2006/10/07 | 15:28 ] Paulo Pedrosa
O presidente da Liga de Clubes, recém-empossado, Hermínio Loureiro quer tornar os árbitros profissionais ainda antes do fim do seu mandato, daqui a quatro anos. O responsável acompanhado por todos os elementos da comissão executiva da Liga esteve esta manhã reunido com todos os agentes da arbitragem.
«É uma das questões que está em cima da mesa e que se considera para o futuro», afirmou Loureiro no final da reunião. «Demos início a esse trabalho, não contra ninguém, mas a favor de todos, da arbitragem. Deixei um desafio a todos nesse sentido, que é reflectir sobre a profissionalização, apresentar críticas e sugestões, e discutir sem preconceitos. É um dos objectivos do meu mandato», confirmou.
O presidente da Liga ressalvou que a arbitragem tem estar «assente em bases de rigor e experiência». «Apresentei um conjunto de ideias e propostas para percorrermos esse caminho da profissionalização. Se pode ser concretizado já? Não podemos esquecer que isto envolve muitas outras questões e áreas, como a segurança social, a formação de novas carreiras e de uma nova profissão. É um processo que quero ver resolvido neste mandato.»
«Esta reunião serviu para debatermos várias coisas, entre elas esse caminho que precisa ser percorrido para a profissionalização da arbitragem, bem como a revisão de critérios de avaliação e classificação da arbitragem», revelou.
França: nova lei aumenta protecção aos árbitros
[ 2006/10/10 | 12:46 ] Redacção MaisFutebol
O Parlamento francês adoptou esta terça-feira uma proposta de lei sobre o estatuto dos árbitros, que lhes garante independência e protecção penal específica. A proposta tenta ainda reverter a crise na profissão, já que em França 20.000 árbitros em 153.000, em todos os desportos, abandonaram a actividade em cinco anos.
O novo estatuto vai entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2007 e estabelece punições específicas para as agressões aos árbitros: as ameaças podem ir até dois anos de prisão e 30 mil euros de multa, uma lesão que implique paragem superior a oito dias pode implicar até cinco anos de prisão. Os homens do apito em França vão também passar a estar ligados a um regime geral de segurança social, o que lhes confere o estatuto de trabalhadores independentes. A nova proposta diminui fortemente as cargas sociais que pesam sobre as remunerações.
No caso do futebol, os árbitros da primeira e segunda ligas já viram a situação evoluir com a criação de um sindicato para defender a classe profissional e um novo modelo de remuneração que aponta para a profissionalização. Os árbitros da primeira liga francesa recebem um valor fixo de 1420 euros mensais e 3020 euros por cada jogo que arbitrem.
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