Que dizer desta entrevista? Fiquei com a impressão que foi uma encomenda, o que até é normal já que o ex. adjunto do FC Porto está desempregado e precisa de se "mostrar" para não ser esquecido.
A sua prioridade "é o campeonato alemão, inglês, escocês ou italiano. Se até Dezembro a oportunidade que eu espero não chegar, voltar-me-ei para o mercado português". Ou seja, está pronto a treinar qualquer equipa. Até porque "desde que se trate de um clube com ambição e vontade de criar condições de trabalho, até pode ser um clube do fim da tabela."
Acho bem. Como já escrevi neste blog há uns tempos atrás, admiro o Carlos Azenha e acredito que pode chegar longe mas também já afirmei várias vezes que os adjuntos não servem os clubes apenas nas vitórias. Estão lá sempre, juntos com o treinador principal, nas vitórias, nos empates e também nas derrotas. Ele não pensa assim e nesta entrevista tenta ser o responsável pelo que se fez de bom nas duas épocas em que esteve no Dragão mas atira a responsabilidade do que correu mal para Jesualdo Ferreira. Não é correcto. Até porque, como ele também diz, Jesualdo é muito senhor do seu nariz e nunca admitia que um simples adjunto pudesse ter influência nas suas decisões mesmo que aceite as opiniões dos outros quando elas são úteis ao clube.
E depois com tiradas destas o que pensar?
"Consigo, que jogador nunca estaria no banco?
Nenhum. Essa é uma grande diferença entre mim e Jesualdo Ferreira. Para mim não há jogadores titulares. Para mim são todos iguais e jogam apenas os que estiverem em melhores condições."
Será que Carlos Azenha tem visto os jogos do FC Porto? É que esta época, ao contrário do que aconteceu quase sempre na anterior, ainda não jogamos duas vezes com a mesma equipa.
Mas tudo bem, algumas partes até foram interessantes. Gostei por exemplo de saber que ele é mais um dos muitos profissionais que se tornaram portistas depois de passarem pelo clube. E que não sabe se há outro clube na Europa "com um gabinete de acompanhamento às famílias dos jogadores tão competente e interessado como o do FC Porto. E ninguém faz ideia da importância que esse departamento tem no sucesso de uma equipa. Depois, dentro da cabine, há um conjunto de pessoas que asseguram essa integração. Os jogadores Pedro Emanuel, Nuno e Bruno Alves e os técnicos Rui Barros e João Pinto."
Até porque "Pinto da Costa é das pessoas mais inteligentes e audazes." que encontrou no futebol e que "conviver com ele foi uma das maiores mais-valias" que encontrou no FC Porto.
E Carlos Azenha poderá, um dia, ser uma mais-valia para o FC Porto como treinador principal?
1 comentário:
Carlos Azenha até pode estar a "fazer-se" ao lugar no FCP ( Deus queira que sim!), mas se reparar no currículo do actual adjunto de Jesualdo Ferreira vai reparar que é mau... Azenha pelo que vejo no Domingo Desportivo respira futebol e conhece o futebol português a fundo...
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