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15/08/09

Porque hoje é sábado...Os textos dos outros

Ricardo foi despedido do Bétis. Na sua primeira temporada ao serviço da equipa de Sevilha ficou-se pelo 13º lugar e na época passada fez pior ao condenar a sua equipa à descida de divisão. E por isso foi despedido.

"Nem para terceiro guarda-redes serve!"
Foi o que disse o proprietário do clube de Sevilha.

Enfim fez-se justiça. Mas foi preciso sair de Portugal para que este fraco guarda-redes tivesse finalmente direito ao valor que merece. É anormal e não fico contente porque já é tarde.

Em 2004, quando Scolari e os anti-portistas resolveram enganar o país ao dizer que Ricardo éra melhor que Vítor Baía, tinha dado mais jeito que aparecesse alguém do país vizinho a meter Ricardo no olho da rua.

Ou então não, porque nesse ano Vítor Baía foi considerado o melhor guarda-redes da europa e nem assim teve lugar na selecção. Nem sequer para terceiro guarda-redes serviu.

O que foi um enorme erro, porque Portugal tinha alguns dos melhores jogadores do mundo, quase todos eles jogadores do FC Porto, na altura o campeão europeu em título, tinha um país em festa, o apoio de dez milhões de adeptos, erros de arbitragem que nos favoreceram em alguns encontros...tinhamos tudo para sermos campeões europeus. Faltou-nos apenas um bom seleccionador e um bom guarda-redes.



O FUTEBOL
Bússola
Manuel Serrão; 23/3/2008

Não faz sentido falar do Norte sem referir o futebol e, muito particularmente, o Futebol Clube do Porto.

O Futebol Clube do Porto é o exemplo de que quando queremos, conseguimos.

E lá temos o líder que falta em tudo o resto.

Quantos de nós já dissemos, ou ouvimos alguém dizer, que o que falta ao Norte é uma voz política como a do Pinto da Costa no futebol?

Mas ser-se adepto do FC Porto não é só achar piada à cor da camisola.

A propósito,

Dizem-me que, quando criança, levado por alguns familiares por maus caminhos, simpatizei com os lampiões.

Era o período áureo. Inícios da década de 60.

Um Tio meu, naturalmente que cheio de boa vontade, levou-me, teria eu meia dúzia de anos, ao estádio de Oeiras, julgo que à data Estádio Nacional pois ainda lá jogava a selecção nacional, ao Estádio de Alvalade e ao Estádio da Luz, onde me terá pendurado em cima duma ave para tirar uma fotografia. O meu Querido Tio, por quem, de resto, tenho um especial carinho, também ele natural do Porto mas emigrado em Lisboa, fez tudo isso cheio de boas intenções, mas penso que os problemas de pele que por vezes me apoquentam estarão relacionados com essas visitas.

Hoje ponderaria uma queixa por maus-tratos caso alguém fizesse isso a um meu filho.

Na minha adolescência, quando comecei a ganhar consciência das coisas, do que nos rodeia, fiz uma escolha racional pelo Futebol Clube do Porto e iniciei um namoro que, na década de 70, se transformou em paixão.

Isto ainda antes de ter cessado o jejum dos 19 anos.

Fascina-me ver alguns “portistas” que me são próximos, daqueles que dizem que antes de nascerem já o eram (mas que nos últimos 10 anos ainda não saíram do sofá para ver um jogo do Porto), dizer entre dentes “o gajo em miúdo não era do Porto” como que decretando que eles têm um estatuto de mais “portistas” do que eu. Meus amigos, tudo o que se passou comigo em matéria criminal até à adolescência não releva – ERA INIMPUTÁVEL. Mas, se houver um medidor de paixão, acho que a grande maioria deles ficará mal. Comigo, um empate dá 6 interrupções do sono durante a noite. Uma derrota, nem se fala. O que vale é que o Porto geralmente ganha!

Isto tudo para dizer que ser-se do FC Porto é muito mais do que ser só de um clube de futebol….É muito mais do que dizer-mos, em birra de criança, que a cor da camisola do nosso clube é mais bonita do que a do clube do nosso colega de escola ou de que a do clube do nosso vizinho.

Vai bem mais fundo do que tudo isso… Tem razões sociológicas associadas. Porventura só os adeptos do Atlético de Bilbau ou do Barça nos compreenderão.

Bom, mas, se na década de 60 era natural que a miudagem fosse atrás dos feitos do clube então reinante, também seria natural que desde há 25 anos a esta parte as crianças fossem atrás dos grandes feitos nacionais e internacionais do FC do Porto.

Apesar de toda a censura que tem sido feita aos êxitos do Porto, o Porto é, indiscutivelmente, o clube português que mais tem crescido, para além dos outros crescimentos, em matéria de adeptos.

O Porto só não é, já hoje, o clube português com mais adeptos, porque existe um branqueamento dos feitos desportivos por parte de toda em imprensa, maioritariamente de Lisboa, que censura as façanhas do Porto.

Se as crianças deste País, ao longo dos últimos 25 anos, vissem retratada, nos jornais expostos nos quiosques ao lado das suas escolas, a verdade desportiva, isto é, que os tais jornais nacionais espelhassem nas primeiras páginas os feitos do grande triunfador destes últimos 25 anos, seguramente que mais de 80% desta nova geração seria adepta do Futebol Clube do Porto.

Infelizmente, o que vêem as crianças nas tais capas e nos programas desportivos dos canais de televisão (com honrosa excepção do Porto Canal)? Por um lado, e em letras garrafais, o elogio à mediocridade, e por outro, em letras minúsculas, o esconder das façanhas dos melhores.

Acho que muitas dessas crianças já se terão lembrado da fábula “o rei vai nu”….

E, infelizmente, também no desporto temos mais uma vez o paradigma do centralismo.

Vejamos o que Lisboa fez com a selecção nacional.

Criaram um seleccionador à moda de Lisboa que escolhe os jogadores para jogarem por Portugal.

Para mais, um seleccionador estrangeiro.

Que nos recentes anos de ouro do Porto, 2003 e 2004, não se dignou vir às Antas e ao Dragão ver jogos do Porto.

Que não explicou aos Portugueses, e muito particularmente aos Nortenhos, a razão pela qual não considerava sequer 3ª opção o melhor guarda-redes português – Vítor Baia.

Limitando-se a dizer que era por razões técnicas que o não convocava.

Chegando ao cúmulo de não admitir que os jornalistas portugueses, em Portugal e a tratar da selecção nacional de Portugal, lhe fizessem perguntas acerca deste caso.

Mas a verdade é que Vítor Baia foi considerado no ano de 2004 o MELHOR GUARDA-REDES DA EUROPA.

Ficaram então todos os portugueses a saber aquilo que nós portistas já há muito sabíamos, ou seja, que não era por questões técnicas que o Vítor Baia não era convocado.

E então quais foram essas razões?

Nós só queríamos, e queremos, saber quais! Acho que somos pessoas razoáveis para compreender a decisão caso nos fossem explicadas as razões que, naturalmente, teriam de ser MUITO FORTES.

ESTÁ POR EXPLICAR E NÓS NÃO NOS ESQUECEMOS.

Deixo aqui a seguinte pergunta:

Se o Vítor Baia fosse o guarda-redes de um dos clubes de Lisboa e aparecesse um seleccionador brasileiro que, sem motivo aparente e contra uma realidade evidente (era o melhor), o deixasse de convocar, o que aconteceria?

Quantas vezes teria ido Gilberto Madail à Assembleia da República, dar explicações acerca disso ?

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