O resto

Sobre a crónica que Manuel Queiroz escreveu no Correio da Manhã existem dois ou três pontos com os quais não concordo inteiramente.

Segundo ele, o FC Porto tem um plantel mais caro que os rivais e se no inicio da época estava de acordo com esta frase, agora pergunto se será mesmo assim e dou apenas dois exemplos: Liedson e Laurent Robert. O primeiro depois de fazer gato-sapato dos vizinhos da segunda circular "obrigou" o Sporting a fazer um enorme investimento de oito milhões de euros e o segundo é apenas o jogador mais caro de sempre do Benfica e do futebol português. Mas ficamos a saber isso porque o empresário confessou já que da parte do clube não saíu nada cá para fora o que nos faz pensar que existirão outros jogadores no plantel encarnado a ganhar fortunas, mesmo alguns que nunca jogaram como deve ser o caso do Marco Ferreira que preferiu rescindir com o FC Porto para assinar pelos encarnados. Para ganhar mais, dinheiro claro.

Já Vale e Azevedo tinha esse vicio. Assinava contratos com jogadores "livres" na maior parte das vezes em final de carreira e gabava-se disso mas depois esquecia de dizer quanto é que eles iam receber de ordenado e "luvas". E também não dizia que éra um investimento sem retorno (ao contrário do investimento feito em jovens jogadores) porque no final do contrato esses jogadores não tinham mercado.

O segundo ponto tem a ver com o facto dele dizer que "Adriaanse contentou-se com Sonkaya e Cech e o resto que havia", porque o resto é "apenas" Vítor Baía e Helton, Pepe e Pedro Emanuel, Bosingwa e César Peixoto, Raúl Meireles e Paulo Assunção, Ibson e Lucho Gonzalez, Ivanildo e Lisandro, Quaresma e Adriano e outros mas principalmente um jogador que eu acredito que vai ser um dos melhores do mundo a médio prazo, Anderson.
O "resto"? Não é a lua mas é o melhor plantel da Liga e um dos melhores da Europa e isso nem todos os presidentes conseguem oferecer aos seus treinadores.

É verdade, na confrontação com os Super Dragões Pinto da Costa não mandou dizer, disse mesmo.