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13/12/06

Branco mais branco não há

Gosto de ler, principalmente quando estou em casa a "curtir" uma de solidão e por esse motivo sou um devorador de livros, lendo alguns deles, por mais que uma vez.
Mas também o faço quando viajo de comboio ou de avião pois um bom livro (não o lixo que apareceu nos últimos tempos) é uma maneira de "matar" o tempo com algo que me dá imensa satisfação.
E como hoje tive de ir a Genève resolvi levar o "Largos dias têm 100 anos" de Pinto da Costa para rever um pouco algumas histórias que o livro contém. Uma delas fez-me pensar no Mantorras e na vergonha ou complexo que ele tem em ser preto. Aqui está a história como Pinto da Costa a conta no livro:

Nos finais do ano de 1988 regressa ao comando técnico da equipa o homem da vitória na Taça dos Campeões Europeus. Artur Jorge demonstra uma grande coragem, ao aceitar o desafio de reconquistar o título nacional já na época seguinte, a de 1989/90.
O seu trabalho continuava a caracterizar-se pelo rigor de sempre, o que de imediato se sente na produção da equipa. Ainda em 1988, ganhámos em Alvalade por 1-0, num encontro dificil. No final, a presença de pessoas estranhas ao jogo nas escadas de acesso ao balneário provoca alguns incidentes, nos quais se envolve o nosso defesa esquerdo e o pai do jogador Jorge Plácido, um dos personagens a mais na escadaria. Com o argumento de que o Branco o teria agredido, o Sr. Plácido apresenta queixa à força policial contra o nosso jogador.
Estabelece-se uma grande confusão, mas Branco rapidamente se arranja e sai, não só do balneário, como do Estádio.
Quando pensavamos que o assunto estaria sanado, chega o Sr. Plácido acompanhado de um Comissário da PSP, que pede a identificação do jogador Branco. Digo-lhe que terá de me dizer qual, pois a maioria dos nossos jogadores são brancos. O Sr. Comissário responde-me que não pretende a identificação de um jogador de cor branca, mas sim de seu nome Branco.
Ora, jogador de nome Branco, não temos nenhum, como o informo e provo ao entregar-lhe o boletim de jogo, que entretanto me pedira para confirmar a veracidade das minhas afirmações.
Lê, relê e, de facto, não encontra no boletim ninguém com aquele nome. Como defesa esquerdo, constava um jogador chamado Cláudio Ibraim Vaz Leal.
Por a identificação dada pelo Sr. Plácido não estar correcta, o Sr. Comissário manda-nos em paz e sossego e ainda nos dá os parabéns!
Branco éra a alcunha de Cláudio Ibraim que, quando jovem, jogara numa equipa totalmente formada por negros, com uma excepção: o Cláudio Ibraim. Desde aí fica conhecido por Branco, nome que adopta e com o qual vem a ser Campeão Nacional e do Mundo!

9 comentários:

Anónimo disse...

PdC no seu melhor
Bem apanhado !

Calantrao disse...

"Cada cabeça, sua sentença"
De facto, as pessoas interpretam as histórias de forma diferente.
Onde tu vês mais um exemplo da ironia de fino recorte de Pinto da Costa, eu vejo mais um exemplo da falta de nível e do cinismo nojento que o caracteriza. Para além da falta de coerência demonstrada. Senão vejamos: "presença de pessoas estranhas ao jogo" - dá-me vontade de rir que PC o tenha focado, sendo noticia corrente que uma personagem conhecida como Guarda Abel era presença assídua nos corredores do estádio e dos balneários, mostrando armas e má cara a árbitros e equipas adversárias. Seria ele um reforço?
Em relaçao ao caso do Branco ou diria, Cláudio, nao estive lá para ver, mas da mesma forma que se pode ler o incidente de forma inocente, saindo o Branco de forma ordeira como um desgraçadinho, também se pode ver isso como mais um caso de acção à FCP, onde um jogador entra em conflitos e depois, qual cobarde, se afasta da confusão como se nao fosse nada com ele.
E quanto ao facto de PC ter feito que nao sabia quem era o Branco dá-me pouco menos que vómitos. Um homem que sabe tao bem os nomes dos atletas e que depois chama "o grego" ao Katsouranis? ou será que nao estava a falar dele? E já agora, o dito comissário deve ter mamado uns chocolates e umas meninas (e talvez tenha ido ao Brasil com o Claudio pq nessa altura era isso que estava na moda) porque o seu método de averiguaçao parece muito condicionado. Mas PSP e PJ condicionadas por uma qualquer associaçao criminosa nao é nada a que nao estejamos habituados.

Nuno disse...

Pois é Calantrão, é natural que a tua cabecinha não entenda o alcance mais profundo do "o grego". É que conforme toda a gente sabe e viu, em duas temporadas seguidas, "os gregos" "arrumaram" dois jogadores importantes e que estavam em grande forma na altura. Coincidências... portanto "o grego" até serve para recordar que a história repete-se e que os protagonistas saem sempre impunes!!

E claro que só cá faltava a culpa ser do jogador do FCP... aliás, já quando aqueles adeptos do SCP tragicamente cairam do varandim, a culpa tb foi dos atletas e dirigentes do FCP... afinal, o que é que eles andavam por ali a fazer?? Os provadores e culpados vestem sempre de azul-e-branco... toda a gente sabe disso!! Ainda se vai descobrir que o gajo do very-light afinal era, não só portista, mas também dirigente do clube e/ou instruído pelo clube para lançar o caos e tragédia no famigerado jogo da final da taça de Portugal.

Anónimo disse...

Não éra apenas o guarda Abel que costumava estar no tunel das Antas, éram VÁRIOS GUARDAS! E o que dá vómitos é tu defenderes uma pessoa que não tinha que estar naquele sitio! Vê se abres os olhos porque tanto fanatismo também chateia.

Anónimo disse...

Que sensíveis que estes benfiquistas andam, mas só vêm para um lado. Nem valem as resposta.

E já agora o Mantorras não é preto e o Katsouranis não é grego?

Um abraço.
http://portistasdebancada.blogspot.com/

Anónimo disse...

Eles 'andam que nem podem'... lol
E agora que levaram para a sua 'corte' a Vaca Carol, então é que ninguém os pára, carago!
Pobres coitados... de espirito!
Bem sei que estamos na época natalicia, mas ainda acreditarem no Pai Natal em pleno século XXI, vai lá, vai!
aKeLe aBrAçO
http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Toupeira disse...

Calantrão, andas tão nervoso com a eliminação da Liga dos Campeões e os onze pontos que a tua equipa tem de atraso que vez bandidos em todo o lado. Não é o caso porque aqui não há jogadores drogados, roubos de milhões, dirigentes presos, ou dividas ao fisco.
É verdade que aconteceu um incidente que nem sequer foi grave porque ninguém ficou magoado, mas nada mais que isso.

E o que se deve retirar desta pequena história é que o jovem jogador Cláudio Ibraim éra tratado por Branco só porque jogava num clube de pretos. E nunca se sentiu humilhado. Mais, cresceu, mudou de colegas e de equipa mas continuou a exigir que o tratassem como sempre foi conhecido, Branco. Porque para ele, a alcunha não éra nenhum ofensa já que tinha nascido assim, branco. E, ao contrário de outros, tinha orgulho na cor da sua pele.

Anónimo disse...

Alvaro,deste-me 1 ideia fixe para os proximos feriados,ler esse livro(outra vez) "largos dias tem 100 anos"que me foi oferecido por 1 grande PORTISTA,o meu pai.
Em voto de confianca ao nosso grande presidente Jorge Nuno Pinto Da Costa

Toupeira disse...

Porto1969, se no cantão onde moras, o tempo estiver como no Valais, porque não aproveitas para ler o livro enquanto fazes uma praia? LOL

Estou a brincar mas a verdade é que este ano para ver a neve tenho de olhar para as montanhas porque cá em baixo tem estado um tempo impecável. ;)

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