Ceboladas à moda do traficante

Desde 2003 que Luís Filipe Vieira não para de prometer mundos e fundos aos fundamentalistas adeptos do Benfica. Quem o ouvir a vender a banha da cobra, foi o clube dele que nos últimos vinte anos foi campeão do mundo por duas vezes, venceu 8 campeonatos em 10, a Taça Uefa, duas Ligas dos Campeões...até Kits aquele homem consegue vender. Só não vendeu o clube aos chineses mas lucrou bastante com o hipotético "interesse" deles. Ele e a sua amiga Leonor Pinhão.

E os muitos milhões que costuma dizer que o clube tem para contratar craques que depois se ficam pelas primeiras páginas dos jornais lisboetas? Aliás, a força dele é a mesma do clube já que ambos vivem de promessas e mentiras jornalisticas.

Vem isto a propósito da continuidade ou não do único jogador do Benfica com futebol para lutar por um lugar no plantel do FC Porto, o internacional uruguaio Cristian Rodríguez. E do folclore que os jornalistas estão a fazer.

Porque, dizem eles, o Benfica quer que o jogador assine mas o Inter de Milão e, principalmente, o FC Porto estão a dar-lhe a volta à cabeça. E que o empresário do jogador já pediu sete milhões de euros, esquecendo-se, os jornalistas, que existe uma opção de compra de cinco milhões de euros. Tanto quanto o Benfica já disse estar disposto a gastar, tendo até ao final de março tempo suficiente para o fazer.

Sendo assim onde está o problema?

Na vaidade?
Os lamps vivem de vaidades e não ficava admirado se os cinco milhões já estivessem prontos a serem usados e este folclore servisse apenas para Luís Filipe Vieira poder dizer aos fundamentalistas que conseguiu roubar o Cebola ao Pinto da Costa. Ou então, caso o Benfica não tenha possibilidades ou não esteja interessado em segurar o jogador, para que os adeptos possam respirar de alivio por ele não vindo para o FC Porto como aconteceu com Miccoli.

Na falta de dinheiro?
O passivo da Sad do Benfica está nos 160 milhões de euros e, depois da desgraça que foram os últimos negócios, o mais certo é voltar a aumentar depois de um ano em que estabilizou. Como exemplo, a compra e venda de Bergessio deu, em apenas seis meses, um prejuizo de 700 mil euros sem contar com o salário que o jogador recebeu durante esse periodo e que não deve ter sido pequeno. E o argentino é apenas um entre muitos que entram pela porta grande e saiem pela mais pequena que o estádio tem. Sem activos (leia-se jogadores) com qualidade suficiente para o clube fazer grandes vendas, (ao contrário do que acontece no FC Porto onde a dificuldade está em segurar os jogadores o máximo de tempo possível), não vejo hipóteses das contas melhorarem, antes pelo contrário. Até porque, esta época, a Sad do Benfica não pode contar com as receitas da Liga dos Campeões e todos sabemos como esse dinheiro é importante para os clubes portugueses.