Aprendam com quem sabe e calem-se.

Quando Bruno Paixão deu por terminado o jogo de ontem, fiquei como se tivessemos perdido três pontos. Eu sei, é ridiculo pensar assim depois de um jogo em que a nossa equipa até esteve bem e venceu com alguma dificuldade mas se tivessemos acelerado mais um pouco, tinhamos goleado e humilhado o Benfica.
Mas compreende-se, o FC Porto já éra campeão e como o jogo apenas servia para cumprir calendário, a motivação não estava nos máximos. Já ao nosso adversário apenas interessava a vitória e no entanto não fizeram nada para a merecerem. Foram uma autêntica nulidade e, talvez por saberem que estão a anos luz do FC Porto, os jogadores do Benfica mostraram, durante grande parte do encontro mas, principalmente, na segunda parte, mais preocupação em defender a derrota pela margem minima do que em empatar o encontro. E medo, muito medo, de uma das mais fracas equipas que esta época passou pelo Dragão.

Mas, se eu não fiquei contente, o que terão pensado os lamps no final do encontro? Provávelmente que a culpa é de Pinto da Costa. E com razão. De facto o Presidente é o principal culpado pelos 24 pontos que separam as duas equipas já que foi ele que contratou os jogadores e a equipa técnica do FC Porto.

O que podem eles fazer? Chamar a policia como foi aconselhado no final do encontro. Mas apenas daqui a três ou quatro anos quando os fundamentalistas já não tiverem memória. Nessa altura podem comprar outra testemunha, encomendar mais livros e filmes, que Maria José Morgado ou outra magistrada qualquer fiel a Pinto Monteiro, estará pronta a limpar o futebol português para que todos possam aplaudir e dizer que o FC Porto para vencer tem de comprar árbitros. E para empatar também.

Porque é isso que acontece neste momento já que o desejo de vencer na secretaria é maior que a memória dos fundamentalistas. E isso revolta-me. Aliás, é nestas alturas que gostava de poder viver em Portugal para ter a possibilidade de procurar, nos arquivos dos jornais, o que os fundamentalistas escreveram após as conquistas dos campeonatos anteriores. Que não andará longe do que têm escrito nos últimos dias. Para depois lhes espetar com isso na cara e pedir-lhes para se calarem de uma vez por todas.