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01/05/08

Também no discurso. Jesualdo Ferreira, cada vez mais um treinador à Porto


"O presidente Pinto da Costa tem uma relação próxima comigo que não é de hoje, vem de há muitos anos, por isso eu registo sempre como elogio qualquer palavra que ele diga, mesmo que seja crítica ou de observação menos positiva. Acho que aprendemos sempre com as pessoas que sabem muito e têm muita experiências.

Um treinador no F.C. Porto tem que ganhar, independentemente das relações que tiver. Sei que o meu trabalho é avaliado por resultados. O que também sei é que no F.C. Porto há pessoas com lucidez suficiente para não fazer análises frias

Por isso quando surge qualquer declaração feita por jogadores, dirigentes ou pessoas exteriores ao F.C. Porto tenho sempre uma maneira muito própria de as observar e registar. Registei as palavras de Pinto da Costa, mas guardo-as para mim porque as entendo sempre num quadro mais alargado do que o simples elogio. O mais importante é que o elas representam no meu trabalho e na minha relação com o presidente

Não estou preparado para perder jogadores. Nem quero perder jogadores mas pelas notícias que eu tenho visto nos jornais, acho já nem tenho equipa. Vão sair todos.

A única vantagem que vejo em tudo isto é que vai ser tanta guerra, tanta guerra pelos meus jogadores que os preços vão subir e vai entrar muito dinheiro. É mais um problema para o director resolver

O Nacional é uma das equipas que nos ganhou neste campeonato, e só foram duas. Por isso é mais uma motivação para amanhã. Mas o essencial é ter o estádio cheio, queremos fazer um bom jogo e queremos continuar a fazer um bom caminho. Queremos muito público, sabemos que os nossos sócios vão estar lá para aplaudir e para se despedirem da equipa, por isso queremos ter uma equipa à altura do último jogo no Dragão

Mas qual é a melhor equipa? Pode ser por exemplo a que venceu o V. Guimarães. Sempre disse que jogará em cada jogo aquela equipa que eu considerar melhor para o momento. É importante ganhar e continuar atrás de um registo que perseguimos há muito tempo. Por isso jogará a melhor equipa

Não perseguimos recordes externos, perseguimos recordes que são do F.C. Porto. Queremos registos internos que permitam que os jogadores trabalhem no futuro atrás de novas marcas. Queremos criar coisas para que no futuro as equipas do F.C. Porto corram atrás delas. Para que a cada jogo e a cada treino os jogadores queiram sempre mais

O F.C. Porto não se pode ficar por um campeonato nacional e pela eventualidade de uma Taça de Portugal. Neste momento o F.C. Porto está bem, mas temos de partir para a próxima época com ambições de ganhar mais títulos. Temos que trabalhar mais para sermos mais fortes a esse nível. Se não formos fortes em casa sempre, não seremos fortes fora de casa uma vez. O F.C. Porto já foi capaz de chegar a duas finais europeias, mesmo estando dentro de uma estrutura menor. Mas só chegar uma, ou duas, ou três vezes em doze anos é pouco.

É necessário que o futebol português se desenvolva, porque 98 por cento dos nossos jogos são feitos aqui, mas se o nosso futebol não se desenvolver terá de ser o F.C. Porto a procurar respostas dentro do clube. Porque andamos um passo à frente dos outros.

Por que é que os jogadores portugueses no estrangeiro conseguem jogar a um nível como fizeram Ricardo Carvalho, Ronaldo e Nani? Porque essa é a rotina deles. Ninguém escreve bem sem escrever muito. Ninguém joga bem sem jogar muito. Vamos querer jogar com mais intensidade e com mais pressão para jogarmos melhor

Se houvesse um jogador do F.C. Porto que se chamasse Tomás Costa, ou era Tomás ou era Costa. Tomás Costa é que não podia ser
."

4 comentários:

Anónimo disse...

Temos Homem e treinador. GRANDE JESUALDO.

Oxalá tenha sempre aquela pontinha de SORTE,que è preciso nestas coisas do futebol.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Não podem consentir...

Hélder Pacheco, Professor e escritor


No Grande Auditório do Soviete Supremo do Nacional-Centralismo, reuniu a respectiva assembleia-geral para análise, discussão e propostas relativas aos pontos únicos da agenda «Pode o Império Centralista continuar a consentir que o F. C. Porto ganhe campeonatos? Pode o Império consentir que uma equipa da província, sem representatividade nacional, mantenha a supremacia sobre as glórias do centralismo?»


A tais questões, pronunciaram-se os seguintes representantes dos Organismos Tutelares do Centralismo da Confraria dos Centralistas Devoristas, que advertiu; da Confraria Centralista dos Gestores 7+ (acima dos 7 empregos), que berrou; da Confraria Centralista dos Gestores 7/5 (entre 7 e 5 empregos), que uivou; da Confraria Intelectual Centralista, que bolsou; da Confraria dos Assessores Centralistas, que gritou; da Confraria de Legisladores Centralistas, que decretou; da Confraria dos Grandes Incompetentes Centralistas, que dejectou; da Confraria dos Médios Incompetentes Centralistas, que arengou; da Confraria dos Provincianos Convertidos ao Centralismo, que grunhiu; da Confraria dos Centralistas subvencionados pelo Estado, que cuspiu; da Confraria dos Centralistas nomeados por proximidade do sistema, que ganiu; da Confraria dos Centralistas infiltrados nos Meios de Comunicação, que ladrou; da Corporação dos Centralistas Avençados, que exortou; da Corporação dos Centralistas Disfarçados, que invectivou; da Confraria Centralista da vista grossa à Insegurança no país, que programou; da Confraria dos Consultores Centralistas, que bradou; da Corporação Centralista de Comentadores de TV, que expeliu; da Corporação Centralista dos Acumuladores de Subsídios, que ejaculou; da Corporação Centralista promotora do abastardamento da Língua Portuguesa, que perdigotou; da Corporação Centralista do Cosmopolitismo Importado, que mesurou; da Corporação do Proteccionismo Centralista, que rezingou; da Corporação Centralista dos Exterminadores de Serviços Regionais, que peidorreou; da Corporação dos Yes-Men and Job for the Boys Centralization System, que arrotou; da Corporação dos reality-shows Centralistas, que discorreu; da Corporação dos Esbanjadores Centralistas, que vituperou; da Corporação Centralista dos Saudosos da Censura Prévia, que baliu; da Corporação Centralista dos Grupos de Trabalho, que praguejou, e todos em uníssono votaram: «Não podemos consentir!» e «É ultrajante!».


Face à unanimidade, a Assembleia aprovou as seguintes conclusões:


1.º - Uma cidade a que o centralismo retirou quase tudo: emprego qualificado, sedes de empresas, serviços, investimento público, etc., não pode manter um clube que ganha campeonatos consecutivamente;
2.º -A única coisa que o centralismo ainda não conseguiu extorquir ao Porto são os campeonatos; 3.º - Como os clubes centralistas não ganham no campo, é preciso fazê-los ganhar em jogos fora do campo.


Para isso, serão adoptadas medidas imediatas a) lançar uma OPA sobre o F.C. Porto, transferindo-o para a capital; b) aumentar o IVA do F. C. P., em 80% e os impostos em 90%, para o fazer ir à falência; c) depois do dourado, lançar apitos prateados, verdes, laranjas, vermelhos e até PINK - cor favorita dos centralistas - para descredibilizar o F. C. P.; d) formar um consórcio editorial para publicar exclusivamente livros de autores de nomeada - designadamente mortos ou moribundos - contra o F. C. P.; e) classificando-o como local altamente perigoso para o centralismo, expropriar o Estádio do Dragão por razões de Estado; f) fazer aumentar a taxa de desemprego da Área Metropolitana do Porto para níveis que obriguem à emigração dos adeptos do F. C. P. para trabalhar na Galiza; g) legislar no sentido de impedir os menores de 90 anos de assistirem aos jogos do F. C. P.; h) em caso de insucesso destas medidas, determinar que, no início dos campeonatos, os clubes do centralismo partam com 20 pontos de avanço.Mal esta notícia chegou à cidade, na Vitória, na Sé, em Campanhã, em Lordelo, no Aleixo, no Cerco do Porto, no Monte Crasto, no Monte da Virgem, nas Cachinas, em Rio Tinto, na Feira, em Avintes, Custóias, Valongo e por aí fora, em toda a parte onde há dragões, milhares de bandeiras azuis se agitaram. E, enquanto os mais velhos cantavam a Maria da Fonte «Pela santa liberdade / Triunfar ou perecer», todos faziam o gesto do zé-povinho na direcção do antigo Sul (agora mudado pelos centralistas para West Coast) e os jovens portistas cantavam: «Esta vida de dragão / Só dá campeão! Tra-lará-lará - lará, lará-lará.»


in JN

Toupeira disse...

Anónimo, como tinhas editado dois textos "Hélder Pacheco, Professor e escritor", decidi apagar o primeiro por ser o menos completo. Um abraço.

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