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19/09/08

A verdade da verdade

Há uns meses atrás quando me solicitaram opinião sobre o que se designou chamar-se 'Apito Dourado' respondia eu metaforicamente que era uma espécie de ópera rock que daí a uns tempos seria encenada pelo talentoso La Féria no Teatro Rivoli.

Depois à medida que a poeira assentava diluía-se o empolgamento do rock para se transformar no 'nonsense' da opereta bufa.

Para os que culparam o FC Porto e o seu presidente, caiu-lhes em cima a tragédia da incompetência e do ridículo expondo-se inutilmente ao julgamento sábio da opinião pública.

Tudo isto por causa de uma deliberação de um "tal" TAS que é uma espécie de um Supremo Tribunal do Desporto europeu.

Diga-se, que esta gente não brinca em serviço.

O acórdão publicado ridiculariza, esmaga e desintegra toda a estrutura disciplinar e jurisdicional do futebol português: Federação e Liga. A própria UEFA de monsieur Platini não sai ilesa.

"Os 15 minutos de fama" do jovem docente Ricardo Costa, da Universidade de Coimbra, quando do alto da sua serena 'sabedoria' se pronunciou devem agora provocar-lhe insónias e pesadelos.

Por outro lado, não compreendi como o Vitória de Guimarães se meteu nesta alhada, até porque o presidente, Emílio Macedo, é um homem sensato. Influência de maus conselhos ou perversas companhias?

O Benfica, grande instituição e com prestígio mundial, o que é verdade, não atina, não elege ou não consegue um presidente de grande envergadura. Sacraliza ultimamente uns 'pataqueiros' com ou sem fortuna, que até causam pena quando falam. Saudades de Fernando Martins!

No referente aos media de enaltecer os exclusivos publicados pelo 'porta-aviões' "Jornal de Notícias" e pelo "O Jogo". Autêntica notícia global.

O "Correio da Manhã", dirigido pelo meu amigo Dr. Octávio Ribeiro, é infelizmente anti-portista. Em relação ao Professor Freitas do Amaral, mencionado por este jornal, apenas se pode concluir que deu um parecer sobre a validade das deliberações do Conselho de Justiça, mais nada. Pareceres, pede quem quer e quem paga.

Primeira conclusão: a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.

Segunda e última conclusão: o presidente Pinto da Costa, do FC Porto, é e vai continuar a ser o mais qualificado gestor do mundo de clubes de futebol. Aqui é que está o cerne da inveja e da azia.
Hernâni Gonçalves

4 comentários:

Mais Porto disse...

Blog da Bola faz campanha contra jornais do Grupo Global Notícias

www.maisfcporto.blogspot.com

Anónimo disse...

Pinto da Costa tem mais dois pareceres anti-Freitas

2008-09-20

A defesa de Pinto da Costa vai juntar ao procedimento administrativo especial que interpôs no Tribunal Administrativo de Lisboa mais dois pareceres contrários ao documento elaborado por Freitas do Amaral, no qual a Federação Portuguesa de Futebol se escudou para validar a turbulenta reunião do Conselho de Justiça, realizada a 4 de Julho.

Os dois documentos solicitados pelos portistas elevam para oito o número de pareces favoráveis à posição de Pinto da Costa. Por altura do recurso para o CJ, Manuel da Costa Andrade, Damião da Cunha, Faria e Costa e Germano Marques da Silva foram os especialistas que se debruçaram sobre a matéria. Posteriormente, quando o processo chegou ao Tribunal Administrativo, a defesa do presidente dos dragões anexou um parecer elaborado por Mário Aroso de Almeida. Antes, também Rui Sá tinha sido requisitado, para suportar a argumentação do tricampeão junto da UEFA.

Por outro lado, também existem pareceres a suportar as decisões da justiça desportiva. Desde logo, o de Freitas do Amaral, encomendando pela FPF. A Liga também apresentou um documento no CJ, elaborado pelo constitucionalista Vital Moreira. Estes são os únicos pareceres em sentido contrário à posição de Pinto da Costa e do F. C. Porto. Dois pareceres. Contra oito dos portistas.

in jn.pt

Anónimo disse...

Ainda é cedo para avaliar as implicações desta campanha difamatória, mas curiosamente já tivemos arbitragens em jogos internacionais( antes desta campanha) do fc porto muito infelizes, para não lhes chamar outra coisa...Quando verifiquei que o arbitro era frances, torci o nariz...mas sem razão.Penso que esta campanha lampiónica não atingirá os seus objectivos, pois o fc porto nunca foi uma equipa bafejada pelos favores dos arbitros, bem pelo contrário...

Anónimo disse...

Por que duvida o TAS da Liga?
A sentença do Tribunal Arbitral era conhecida, o que não se sabia era que o painel de juízes colocava em causa as sentenças da Comissão Disciplinar


O acórdão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) sobre o recurso do Benfica e do Guimarães à decisão do Comité de Apelo de manter o F. C. Porto na Liga dos Campeões trouxe novamente para a actualidade desportiva as sentenças do Apito Final.

Já se sabia que o TAS tinha decidido favoravelmente ao F. C. Porto, o que não se sabia era que o painel de árbitros do TAS tinha ido tão longe nas suas justificações, deixando em muito maus lençóis a justiça desportiva portuguesa, com a Comissão Disciplinar da Liga (CD) à cabeça.

Goste-se ou não, as dúvidas sobre a legitimidade das sentenças da CD da Liga são muito mais fortes do que há uma semana. São-no porque o acórdão do TAS duvida que "o F. C. Porto, ou o seu presidente, tenha participado em actos ilícitos", julgados e sentenciados pela CD da Liga, mas também porque falta a todo este caso a chancela de um tribunal comum, onde os casos de corrupção, seja desportiva ou de qualquer outra natureza, devem ser avaliados e julgados. Enquanto isso não acontecer ninguém poderá afirmar, preto no branco, que o caso está terminado.

Isso mesmo confirmou agora a UEFA, garantindo que o caso não está encerrado, mas que não haverá qualquer tomada de posição enquanto o assunto não acabar nos tribunais portugueses. A UEFA - a de Michel Platini e todas as que o precederam - foge sempre dos tribunais comuns como o diabo da cruz, mas se desta vez está, surpreendentemente, disposta a esperar anos para que o caso termine na justiça comum é porque também dúvida da bondade das decisões da CD da Liga.

Objectivamente, a decisão e o acórdão esta semana conhecido do TAS são uma vitória para o F. C. Porto, que depois de duas sentenças muito penalizadoras da justiça desportiva portuguesa tem conseguido reverter nas instituições internacionais as consequências fora de portas dos castigos internos. E isso só acontece porque o F. C. Porto disputa as provas europeias e o Benfica e o Guimarães pretenderam beneficiar da exclusão dos dragões da Liga dos Campeões. Já o Boavista, o outro clube considerado culpado no Apito Final e condenado à despromoção, não teve oportunidade de litigar fora de portas a pena a que foi condenado.

Sobre isto também se deve reflectir, porque não pode deixar de ser estranho que as duas decisões da disciplina desportiva portuguesa (CD da Liga e CJ da federação) sejam tão afirmativas da culpa do F. C. Porto e do Boavista e, depois, as duas decisões de justiça desportiva internacional, naturalmente mais distanciadas das emoções do clubismo, tenham sido favoráveis aos portistas (Comité de Apelo da UEFA e TAS).

Finalmente, todo este caso assumiu estas proporções porque a justiça desportiva se quis substituir aos tribunais, com o aplauso de todos os que perspectivaram lucro nessa espécie de tribunal popular em que se transformaram a CD da Liga e o CJ da federação. E é esse ensinamento que é preciso retirar, a justiça desportiva não existe para se substituir às estruturas judiciais de um país, que são as que têm meios para investigar, eventualmente acusar, julgar e punir, se for essa a convicção do juiz. A justiça desportiva serve para zelar pelo normal desenrolar das competições desportivas, aplicar os castigos próprios de uma competição, mas também para denunciar às entidades competentes, designadamente o Ministério Público, eventuais ilícitos cometidos no curso das provas.

Se Ricardo Costa tivesse resistido a vestir o fato de justiceiro nada desta trapalhada teria acontecido - processos uns atrás dos outros, por alegada divulgação ilegal de escutas, recursos, pareceres para um lado ou para outro, sempre em defesa dos interesses de quem os encomenda, como é óbvio, etc, etc. E se os tribunais acabassem por condenar alguém então essas penalizações seriam repercutidas no plano desportivo, tal como aconteceu com o Leça, quando foi despromovido à Liga de Honra por causa de um caso de corrupção relativo a um jogo de apuramento de campeão da 2.ª divisão devidamente provado em tribunal e posteriormente transformado em pena desportiva.

PS: Tudo isto não apaga o comportamento de Pinto da Costa, de que todos temos hoje um pormenorizado conhecimento. Só que, sejam factos muito graves, ou pouco graves, mereçam condenação ou absolvição, Pinto da Costa tem o direito, como qualquer cidadão, a um julgamento justo, em que lhe estejam garantidos todos os meios de defesa.

In "JN"

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