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20/09/09

Regresso ao passado 323 dias depois

  • Figueira da Foz, 1 de novembro de 2008. Tinha sido, diante da Naval, a última derrota do FC Porto para o campeonato, fez ontem 323 dias. Mas ainda me lembro como se fosse hoje, principalmente pelo entusiasmo que essa derrota causou nos anti-portistas e em alguns portistas que ainda não tinham perdoado a derrota em casa com o Leixões (2-3) na jornada anterior.

    E claro, tal como acontece sempre que o FC Porto perde, os «donos da verdade» criticaram a Sad e o seu Presidente, as dispensas e as contratações, afirmaram que o FC Porto tinha um treinador sem coragem, culparam metade do plantel e até chegaram a garantir que, sem Carlos Azenha, Jesualdo Ferreira nunca mais seria campeão. Erraram em toda a linha como já tinham errado nas épocas anteriores.

    Mas esta época vão cair no mesmo erro, porque esses adeptos não existem sem as criticas ao FC Porto (alguns até ganham a vida dessa maneira). Talvez com uma pequena diferença que terá a ver com Carlos Azenha porque a rápida passagem pelo Setúbal deve fazer com que desta vez fique de fora das comparações com Jesualdo Ferreira.

  • Regresso ao passado
    Jorge Maia n´O Jogo, novembro de 2008

    Há uma espécie de necessidade catártica ancestral e comum a quase todos os adeptos de futebol que exige o sacrifício de um bode expiatório quando as coisas correm mal. Por motivos óbvios, o treinador é quase sempre a escolha mais natural para a imolação, embora em muitos casos sirva fundamentalmente para expiar pecados alheios.

    O mau momento que o FC Porto atravessa agora não é diferente dos bons momentos que atravessou nas últimas épocas: tem vários responsáveis. Os dirigentes e as suas escolhas, os jogadores e as respectivas exibições e o treinador e as suas opções. Da mesma forma, a inversão do actual momento depende de todos. Das escolhas que os dirigentes façam nos próximos tempos, do rendimento dos jogadores, em particular nos jogos de hoje e de domingo, e das opções de Jesualdo Ferreira. Talvez para o treinador tudo seja um pouco mais urgente, mas depois de dois títulos consecutivos de campeão, Jesualdo Ferreira não tem muito mais a provar.
  • 2 comentários:

    Anónimo disse...

    Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009
    As declarações de Jesualdo
    "O Sp. Braga venceu bem, o F.C. Porto esteve irreconhecível e nervoso sem haver razão para isso. (...) A equipa não jogou aquilo que sabe e pode. Deixámos o Sp. Braga ter supremacia e, curiosamente, quando o jogo começava a ficar equilibrado, surgiu um golo estranho. A partir daí, a equipa jogou emocionalmente descontrolada e não soube escolher o caminho certo. (...) É demérito total nosso. (...) Não estivemos bem, vamos encontrar as razões para o sucedido, perceber por que é que a equipa não conseguiu jogar."
    Jesualdo Ferreira, em declarações à SportTV


    "Estranhamente, o F.C. Porto esteve intranquilo, nervoso e acabámos por perder muitas bolas. (...) Na primeira parte, o jogo foi muito equilibrado, mas sentimos que não era este F.C. Porto que queríamos. (...) Ficamos com alguma vergonha, porque não estivemos ao nível do que já fizemos, e queremos fazer no futuro. (...) sem tirar mérito ao Sp. Braga, não foi por haver mais Sp. Braga que perdemos, o F.C. Porto é que foi pequeno. Tínhamos a obrigação de chegar aqui e fazer o nosso jogo e não o fizemos."
    Jesualdo Ferreira, na conferência de imprensa


    Há algum exagero nestas declarações demolidoras de Jesualdo. É verdade que o FC Porto esteve longe de fazer uma boa exibição e que uma parte significativa dos jogadores estiveram em sub-rendimento, mas nos últimos três anos vi o FC Porto fazer jogos muito piores sem que Jesualdo tivesse sido tão duro para a sua equipa.
    Aliás, se olharmos para as estatísticas, verificamos que os dragões fizeram mais ataques, mais remates e tiveram mais posse de bola que os bracarenses. E mesmo que queiramos desvalorizar as estatísticas, se revirmos o jogo completo constatamos que as melhores oportunidades foram do FC Porto e que, ao contrário de Eduardo, o Helton não teve de fazer qualquer defesa difícil.

    Por tudo isto, a análise que eu faço ao jogo é parecida com a que o treinador do Braga fez em declarações à SportTV após o jogo:

    "Vitória justa no sentido de que fizemos o golo. Fomos felizes aí. Este foi um jogo muito dividido, com oportunidades de parte a parte. (...) Acabámos por fazer um golo com felicidade e saímos vencedores."

    É inevitável os resultados condicionarem as análises e discursos no final dos jogos, e mais ainda no FC Porto, que não está habituado a perder e muito menos a duas derrotas consecutivas. Mas mais do que a exibição em Braga, penso que a razão que levou Jesualdo a proferir declarações tão duras para a equipa, são os dois desafios importantíssimos que se avizinham: Sporting para o campeonato e Atlético Madrid para a Liga dos Campeões.

    Contudo, devo dizer que acredito pouco em tratamentos de choque. Acredito mais em competência, trabalho e tempo, para que, tal como na época passada, a equipa cresça e atinja os patamares que todos pretendemos. No imediato, espero que os jogadores mais sobrecarregados nas últimas semanas - Fucile, Alvaro Pereira e Meireles - se apresentem a 100% e que o Hulk se convença, de uma vez por todas, que o futebol é um jogo colectivo. Se assim for, estaremos mais perto de ganhar a leões e colchoneros, com ou sem Guarin...

    Do "reflexão portista"

    Anónimo disse...

    O Porto Canal, segundo li em rodapé no próprio canal, vai transmitir hoje pelas 22 horas a Gala de entrega dos Dragões de Ouro.

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