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15/10/09

Algumas frases cómicas de Miguel Sousa Tavares

Sim, não e nim
10/07
Todavia eu mantenho a substância das minhas críticas: a onda de aquisições (doze!) para a nova temporada foi um desastre. À excepção de Leandro Lima e Stepanov, que, com trabalho e oportunidades, ainda podem justificar o investimento, todos os outros não têm, à vista desarmada, qualquer valor que chegue para jogar no FC Porto e justificar os cerca de 15 milhões de euros gastos em compras, durante o mês de Julho.

11/07
Obter da SAD a contratação, já no mercado de Inverno, de três jogadores, que sejam verdadeiros reforços e não mais umas quantas oportunidades de negócios escusos: um central de categoria para jogar ao lado de Bruno Alves e livrar-nos desse susto do Stepanov, responsável directo por quatro golos sofridos nos últimos quatro jogos — contra o Marselha, duas vezes, contra o Belenenses e contra o Estrela da Amadora. Talvez um dia o Stepanov venha a ser um jogador aceitável, mas para já é apenas um central à deriva em todos os lances importantes, sistematicamente batido no jogo aéreo, sem noção do tempo de entrada às jogadas e com uma tendência suicida para atrasos ao guarda-redes demasiado curtos; um médio de ataque (ou dois, no caso de continuar a não apostar no Leandrinho); e um ponta-de-lança de raiz e de cultura, que, não desfazendo no Lisandro, não é o caso dele;

07/08
Cristian Rodriguéz é sem dúvida reforço e dos bons

12/08
Como, além dele, o FC Porto actual só dispõe de mais um bom médio de ataque, que é Meireles, as suas ausências mentais deixam o meio-campo portista tremendamente desfalcado. Para agravar as coisas, não há trinco de categoria: pese toda a promoção da imprensa, o Fernando está longe de me convencer; os dois últimos golos sofridos pelo FC Porto (contra o Fenerbaçhe e a Académica), para já não falar do golo contra o Sporting para a Taça, resultaram de passes falhados dele. E um trinco tem de ter uma segurança e qualidade de passe infalíveis.

03/09
Ao Fernando falta-lhe muito, muitíssimo, caminho a percorrer antes de chegar aos calcanhares de um Paulo Assunção e justificar a titularidade como «cabeça de área» de uma equipa com pretensões europeias.

11/08
Estávamos três a ver o FC Porto-Vitória de Guimarães e, de princípio a final, o que a todos mais impressionou foi a exibição de Cristian Rodriguéz. Acho que não exagero muito (é ver o vídeo...), se disser que ele não ganhou nem 10% dos lances disputados. Não fez uma assistência para golo, um cruzamento de jeito, um remate digno desse nome, não acabou ou deu sequência a uma jogada que fosse. Foi absolutamente impressionante a quantidade de jogo que ele estragou à equipa. E isto repete-se, jogo após jogo, desde o início da época, fazendo-me crer que o Cristian Rodriguéz é o útlimo de uma série de fiascos resultantes da irresistível tentação de Pinto da Costa de roubar jogadores ao Benfica- na esteira, por exemplo, dos inesquecíveis Iuran e Sokota. (...) Mas, afinal, li aqui, no relato do jogo, que dois jornalistas de A Bola tinham considerado o Cristian Rodriguéz como dos melhores portistas em campo. Ou não vimos o mesmo jogo ou só me resta render-me à evidência de que não percebo nada de futebol.

12/08
Não fosse Hulk, e o FC Porto, neste momento, não conseguiria disfarçar a crise de Lucho, o momento descrente de Lisandro e a absoluta inutilidade do jogo de Cristián Rodriguéz (também muito estimado pela critica, mas que não encontra um adepto na bancada).

Eu é que dava um bom empresário
01/09
Por cinco milhões de euros, o FC Porto não só vendia o Farias, como ainda oferecia o Stepanov, o Bolatti, o Adriano e mais uns quantos, e até era capaz de pagar metade dos ordenados deles. E era uma grande poupança!

A menos que existam razões ocultas, que desconheço e não tenho de saber, ninguém me consegue explicar porque se dispensam jogadores como Luís Aguiar, Pittbul, Candeias, Alan ou Ibson, para manter no banco jogadores como Stepanov, Benitez, Bolatti, Mariano ou Farías.
02/09

Na calha para substituir Bruno Alves está Nuno André Coelho que, ou muito me engano, ou rapidamente atingirá o estatuto dos grandes centrais que o FC Porto produz, como epidemia saudável, há vinte anos. Já Lisandro López vai ser bem mais difícil de substituir. Jogadores como ele custam… o mesmo que ele. E os que são baratos, ninguém pode garantir que consigam produzir metade do que ele produz ao fim de dois anos de aprendizagem.
06/09

Falhada a venda fantástica de Cissokho, logo temi pela sorte de Lucho, Lisandro ou Hulk. Porque o Bruno Alves, esse, está só à espera que se materialize alguma das muitas cobiças já reveladas e, à primeira oferta firme, marcha logo. (...) Eis, pois, a minha aposta: foi o Lucho e seguem-se o Bruno Alves e o Lisandro. E, quanto mais tarde forem, pior será, porque o desespero vai fazer baixar o preço de venda, como sucedeu com o Quaresma, no ano passado.
07/09

Facto é que, de Junho de 2007 a Julho de 2008, o FC Porto viu sair da equipa todos estes jogadores, agenciados por Jorge Mendes: Bosingwa, Pepe, Paulo Assunção, Ibson, Anderson e Ricardo Quaresma. E nem num só deles encontro um substituto que, de perto ou de longe, se lhe compare. E isto é como o Sporting: não há milagres…
09/08

São os outros que criticam
10/07
O FC Porto vai com mais cinco pontos do que ia no ano passado por esta altura e já ganhou três jogos que perdeu em 2006. Isso é um facto incontornável e louvável. Mas também é facto que joga muito pior futebol, muito menos seguro, muito menos denominador, do que jogava na última época. No ano passado, por esta altura, estava eu aqui a elogiar, sem reticências, o futebol azul-e-branco; este ano, tirando o jogo de Braga, logo na primeira jornada, não vi motivos para qualquer entusiasmo. Eu sei que os campeões se fazem também ganhando jogos mal jogados; mas, independentemente dessas sete vitórias que aí estão, não acredito que se possa ser campeão sem nunca jogar francamente bem — apenas com atitude competitiva e cultura de vitória, que essas, felizmente, continuam a ser a imagem de marca das sucessivas equipes do FC Porto.

04/08
Porque este FC Porto está insaciável. Quer curar, e à custa de vitórias, a ferida ainda aberta da injustíssima eliminação contra o Schalke, nos oitavos-de-final da Champions. Com uma perna às costas, ganhou o seu lugar no Jamor, dia 18 de Maio, e, com a frieza e eficácia de um «serial killer», prossegue no campeonato pulverizando todas as marcas e recordes, seus e alheios. E, para os detractores que diziam que os portistas ganhavam sem jogar bem, vale a pena pensar quem mais, em Portugal, consegue jogar àquele ritmo, com aquela fantástica geometria em movimento que destroça e paralisa de terror os adversários. Se aquilo não é jogar bem, ah, mostrem-me o vosso caixote do lixo!

Continua...

3 comentários:

Anónimo disse...

E viva a contradição!!!

dragao vila pouca disse...

Como eu tenho todos os artigos do Miguel, se quiseres mais alguns é só dizeres. Mas não faças isso...ele também tem coisas boas.

Um abraço

Toupeira disse...

Não postei as piores frases do MST por saber que também tem coisas boas.

Aiás, é por isso mesmo que um dia destes vou apresentar aqui uma crónica antiga que adorei e nunca mais esqueci.

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