Há umas décadas atrás, também diria o mesmo. Hoje, não. Infelizmente em Portugal já não existe 25 de Abril. Existe um dia que continua a ser feriado e que alguns aproveitam para sair à rua mas a liberdade já não existe. Ou, se quiserem, existe e é muito bonita mas apenas para os poderosos que mandam na comunicação social e para os que, à frente da (in)justiça à moda da segunda circular, defendem quem é corrupto e atacam quem é inocente.

Ainda se lembram desta foto? Apareceu no jornal A Bola num...25 de Abril. O FC Porto jogava (e festejava) mais um título em Penafiel.
Na altura, a sad do FC Porto fez um comentário que começava assim:
Pobres de espirito
Reles, impróprio para consumo, miserável, mesquinho, deplorável. A edição de 25 de Abril do jornal A Bola tentou, pela enésima vez, fazer humor à custa do presidente do F.C. Porto, apostando numa canalhice de mau gosto e avançando num caminho sem retorno. O diário desportivo brincou com a gravíssima doença de uma criança para atingir terceiros. Isso diz tudo acerca da escumalha que valida tais critérios.
Sem dúvida que para a escumalha há liberdade. Mas é uma liberdade muito parecida com a que Salazar e a sua gloriosa ditadura fizeram de Portugal um dos países mais pobres da europa. Tal como acontece neste momento.
Num outro 25 de Abril:
Realizava-se em Lisboa uma partida referente à final do "playoff" do Nacional de hóquei em patins. Os Super Dragões organizaram a viagem para apoiarem a equipa como sempre fizeram mas não puderam entrar em Lisboa. A policia não deixou! Pararam o autocarro em Alverca e exigiram o regresso à cidade do Porto com a desculpa que a segurança dos portistas não podia ser garantida no Pavilhão da Luz. Lógico! Os policias que deviam estar na Luz preferiram deslocar-se a Alverca!
Luís Avelar escreveu no record que sempre pensei que qualquer português, independentemente de ser do Porto ou de Lisboa, adepto dos dragões ou das águias, podia deslocar-se livremente pelo País e assistir, desde que munido do respectivo ingresso, a todos os espectáculos desportivos ou de outra índole. Pelos vistos, estava enganado!
A crónica, muito bem escrita como é normal no Luís Avelar, acabava assim: Segundo os adeptos portistas, a Polícia explicou-lhes que fora o Benfica a comunicar a proibição. A ser assim, pode concluir-se que os clubes têm mais poder que as autoridades?
Enfim, um "filme" verdadeiramente ridículo, cujas "cenas" decorreram precisamente a 25 de Abril. Há com cada ironia...
Outra ironia, os Super Dragões tiveram muita sorte porque conseguiram regressar à Invicta com o autocarro inteiro. Nesse ano, o braço armado do Benfica, o tal que recebe do cadastrado Luís Filipe Vieira bilhetes de graça que depois vende para comprar droga e armas, não o conseguiu incendiar.
5 comentários:
Sr. Alvaro, os meus parabens, excelente artigo que mais uma vez nos faz lembrar a escumalha da comunicação social.
p.s.- espero que o Sr. nao se importe que use o seu artigo, com a devida identificaçao e direitos de autor e fazer publicaçao num site que sou frequentador...
Claro que não Artur. :)
Aconselho a TODOS a Leitura e (Divulgação) do artigo do Miguel Esteves Cardoso o "NORTE" no Blogue RENOVAROPORTO.
Recortes da Memória
Corria o ano de 2003 e o Porto foi à Grécia jogar com o Panathinaikos para a UEFA (que acabou por vencer na final com o Celtic).
Nas Antas o resultado fora desfavorável por 1, mas o Mourinho “prometeu” a rectificação. Muito entusiasmo de parte a parte e o insólito tinha de nos acompanhar.
Na bancada, o filho português do cônsul português (que nunca contactou a equipa), apresenta-se de cachecol do… Panathinaikos!!!!
O Pinto da Costa perguntou-lhe se ele não entendia que devia apoiar uma equipa portuguesa, e a “peça” diz:
- não estou aqui para apoiar ninguém.
Quem era esta preciosidade?
quem era o fdp. ?
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