Hélton chegou a Portugal em Janeiro de 2003, para representar a U. Leiria mas a sua carreira começou como goleador. Dizem que marcava imensos golos!
Eu tinha uma equipa em Alcantâra (bairro da cidade de Niterói), chamada Show Ball, e foi lá que o Hélton começou a jogar, então ainda como atacante. Ele tinha qualidade, era magro e alto. Marcava golos ao estilo do Jardel, que passou aí pelo F.C. Porto e pelo Sporting. Não se mexia muito, mas tinha bom jogo de área. Nessa altura, os amigos chamavam-no de pirulito (chupa-chupa), precisamente por ser alto e magro.
Sérgio Antunes
Mas foi no Vasco da Gama, com apenas 15 anos, que deu nas vistas como guarda-redes. depois foi subindo a pulso até chegar à equipa profissional em 2000. A primeira época foi memorável e venceu mesmo o campeonato brasileiro tendo feito excelentes exibições. Há, no entanto, um jogo que Helton não esqueceu de certeza absoluta. Foi nas meias-finais da Taça Mercosur, frente ao River Plate (vitória por 4-1). Nesse jogo, Helton esteve impecável ao ponto dos argentinos afirmarem no final que «o golo do River Plate só provou que Hélton, afinal, era humano».
Há poucos dias, Vitor Baía disse que é o melhor guarda-redes a actuar em Portugal e um dos melhores da Europa. Como seria de esperar, o melhor guarda-redes de todos os tempos sabe do que fala. Helton deu vários pontos ao FC Porto nestas épocas de azul e branco e é o actual patrão da defesa e um dos patrões do balneário. Sempre muito respeitado e admirado, o n° 1 portista pode (e deve) jogar no Dragão, como titular, durante mais duas ou três épocas.
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