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28/11/08

Comunicado da F.C. Porto – Futebol, SAD

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD informa o seguinte:

1 - Conforme participámos no nosso comunicado do passado dia 10 de Novembro, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD apresentou à Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional dois Processos de Revisão das decisões disciplinares condenatórias de que havia sido destinatária em 9 de Maio de 2008;

2 - No dia 25 do presente mês de Novembro, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD foi notificada pela Comissão Disciplinar, por faxe, que os processos disciplinares em questão se encontravam em poder do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, o que, no entendimento daquele órgão, «inviabilizaria, por ora, a apreciação dos pedidos de Revisão»;

3 - Ou seja, a Comissão Disciplinar, face a Processos de Revisão legítimos, idóneos e juridicamente enquadrados nos próprios regulamentos da LPFP, decide não decidir, por tempo indeterminado, sem sequer se preocupar em engendrar um esboço de justificação ou de fundamentação mínima;

4 - A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD não pode deixar de qualificar essa lamentável atitude como um veto de gaveta, um esforço patético de evitar o acesso ao direito e à justiça a que todos têm direito;

5 - O mesmo órgão que manifestou um fervor quase desvairado na sua acutilância punitiva na fase acusatória dos processos disciplinares, em que não hesitou em bater a todas as portas de Tribunais e de uma «super-equipa» do Ministério Público, para obter certidões que sustentassem a sua acusação, recusa agora ter a mesma pró-actividade. Não deixa de ser inédito que não tenha tido o cuidado de duplicar os seus documentos antes de os remeter para a FPF e agora nada faça para obter uma cópia, quando se trata de rever as suas decisões. Porque será que são tão expeditos a recorrer aos audiovisuais e não descobriram a utilidade da fotocopiadora e da memória do computador?;

6 - Perante isto, revela a Comissão Disciplinar da LPFP uma estranha inércia e contenção até agora desconhecidas, mostrando a sua dupla face;

7 - A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD declara de modo inequívoco que não se conformará, uma vez mais, com esta forma cada vez mais despudorada de encarar a realização da justiça desportiva em Portugal, pelo que informa ter hoje apresentado reclamação daquela decisão junto do órgão competente.

Porto, 28 de Novembro de 2008

Site Oficial do FC Porto

2 comentários:

Anónimo disse...

O poder está na ponta da espingarda


Ao contrário do presidente da Comissão Europeia e do guru da direita portuguesa bem pensante (qualificativo que acho assenta muito bem ao Zé Pacheco Pereira) nunca fui maoista, que não me inibiu de arranjar uam edição de Pequim do Livrinho Vermelho, belíssimo objecto que consulto de vez em quando.

Mao foi um ditador sanguinário e um refinado estupor, mas agrada-me a simplicidade pragmática dos seus pensamentos, que mergulha as raízes na escola da desarmante sabedoria chinesa fundada por Confúncio.

Uma frase de Mao – “O poder está na ponta da espingarda” - , veio-me à cabeça esta semana à medida que subia a minha indignação com os resultados de uma pesquisa estatística motivada pela divulgação da notícia de que o Norte foi a segunda região europeia onde se registaram mais despedimentos colectivos no período 2002-07.

O Norte está triste e infeliz e tem todas as razões para isso. É a segunda região do país (a seguir a Lisboa) que mais riqueza gera, mas quando chega a hora de a distribuir surge no último lugar, com um rendimento per capita de apenas 80% da média nacional e 57% da média comunitária.

Não me parece saudável um país em que os salários pagos na capital são 50% superiores ao resto do país - e que o poder de compra em Lisboa (135,5 em permilagem do total nacional) seja o triplo do do Porto (44,01).

Como portuense, fico revoltado ao constatar que, no período 1992-2006, de todos os 308 concelhos do país, o Porto foi o que mais poder de compra perdeu (-2,5%) e que no pódio estejam os três concelhos do eixo Lisboa-Cascais, com Oeiras à cabeça (4,5%).

E a mostarda sobe-me que nariz quando vejo que Lisboa absorve 42,5% do total de crédito concedido pelos bancos. Se juntarmos o Funchal a Lisboa, que ficam com 53,9% do dinheiro emprestado pela banca. O Porto contenta-se com um terceiro lugar (11,9%).

Nós, os três milhões nortenhos, não podemos ficar parados. Enquanto os carteiristas de Lisboa nos metem a mão no bolso, o desemprego não pára de crescer (em 2007, o Norte ultrapassou pela primeira vez o Alentejo e tornou-se a região com maior taxa de desemprego) e a riqueza não pára de de diminuir (no início dos anos 90, o IRS per capita no Porto era metade do de Lisboa; dez anos depois era apenas 25%).

O grave é que o Governo continua a adiar a Regionalização e apenas contribui para alargar este fosso, como o prova o facto de em 2009, o Norte ir receber segundo valor mais baixo (226 euros per capita), contra 382 euros da média nacional) do plano de investimentos da administração pública (Piddac).

É tempo de dar um murro na mesa e declarar guerra ao centralismo ladrão. De aprendermos com Mao que o poder está na ponta da espingarda – ninguém dá nada a ninguém, se o puder evitar. De aprendermos com João Jardim, que, usando os cotovelos, fez da Madeira a segunda região mais rica do país, com um rendimento 25% superior à média nacional.

Para começar, a AEP devia reconverter a campanha Compre Português por uma campanha Compre Nortenho. E como o Governo é surdo a vozes que não venham da rua e se exprimam na primeira metade dos telejornais, ganhávamos em boicotar a visita ao Norte de governantes, enquanto não for dado um sinal claro de que o roubo vai acabar. Eu estou pronto a atirar o primeiro ovo podre.

Jorge Fiel

www.lavandaria.blogs.sapo.pt

Esta crónica foi hoje publicada no Diário de Notícias

condor disse...

Um abraço ao amigo Jorge Fiel!Temo que a solução para o nosso problema não esteja na ponta das espingardas mas sim para o conteudo das mesmas!Digo eu!Enfim!É uma tristeza este país tão pequeno ser tão centralisado!Já repararam que se nós aqui tivesse-mos que partir umas cabeças centralistas,elitistas sulistas tinha-mos que começar dentro das nossas próprias casas?Deus me acuda,que merda de país!

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