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28/02/09

"O João, pode ser o João".

O "padrinho" da arbitragem portuguesa gosta muito de João Ferreira e de certeza que foi ele que deu a ordem para o metralha de Setúbal ser o escolhido para o jogo de hoje.

  • A intenção seria travar a caminha do FC Porto rumo ao Tetra mas, mais uma vez, o presidente do Benfica não conseguiu derrubar o nosso clube. Ao contrário dos jogadores do Sporting que, durante os noventa minutos, derrubaram tudo o que lhes apareceu pela frente à margem das leis. Sem que o metralha mandasse um deles tomar banho mais cedo. E ainda resmungavam sempre que ele assinalava as faltas, incrivel!

    Mas para além de não castigar com cartões da cor dele as entradas assassinas dos jogadores do Sporting, João Ferreira marcou faltas ao Hulk que só ele viu, mostrou um cartão amarelo ao Tomás Costa por ele sorrir...enfim, a arbitragem que Luís Filipe Vieira desejava.

    Mas, contra tudo e contra todos, o nosso clube continua isolado na frente com vantagem. E o Sporting continua a ameaçar o segundo lugar do Benfica. O resto são tretas.

  • Adepto é...

    Na quarta-feira perdemos cerca de um hora para encontrar o estádio do Standard de Liége. Andamos sempre à volta e as pessoas com quem falamos tentavam ajudar mas o local não é de fácil acesso e não existia nenhuma placa que nos indicasse o caminho. Algo dificil de acontecer em Portugal mas como disse um amigo meu em jeito de brincadeira, a câmara de Liége não meteu placas porque os adeptos locais chegam e sobram para encher o estádio.

    E de que maneira. No final do jogo cheguei a pensar que aqueles adeptos éram uma espécie em vias de extinção que é preciso preservar. Depois falei com alguns deles e tive a garantia que na Bélgica existem outros tão bons ou melhores.
    «Estes adeptos do Standard são fantásticos. Apoiaram a equipa do princípio ao fim, mesmo estando eliminados, não houve lenços brancos nem nada parecido. O publico de Portugal que veja: paixão foi o que se viu aqui em Liège»
    O treinador do Braga também estava lá e viu como aqueles adeptos puxaram pela equipa do Standard do principio ao fim do jogo. Não tinham grandes esperanças em vencer a eliminatória mas estavam lá, com o estádio cheio, pelo amor ao futebol, para apoiarem e para se despedirem da equipa com uma enorme salva de palmas. Foi o que fizeram.
    No final, sairam do estádio contentes por verem um bom jogo de futebol e não mataram ninguém nem sequer ofenderam a mãe do Lazlo Boloni.

    Infelizmente não é o que acontece em Portugal.
    No nosso país, muitos adeptos gostam de apoiar a equipa apenas quando ela vence. Depois, nos dias em que nem tudo corre bem, já fazem questão de assobiar ou de usar os blogs para criticarem toda a gente desde o presidente ao roupeiro. Porque nesses dias são todos uma grande merda. E o treinador é o primeiro da lista.

    As criticas são variadas e vão desde "estava a ver que nunca mais aprendia" quando a equipa consegue bons resultados até "é um medricas" quando não vence. Mas será mesmo assim? Claro que não. Esses adeptos não têm nada para ensinar a Jesualdo Ferreira, nem o professor é uma pessoa com medo como alguns dizem. A prova está nos jogos fora onde costumamos fazer boas exibições.
    Conhecem algum treinador com medo que vá a Madrid jogar ao ataque como a nossa equipa o fez?

    Nos clássicos nenhuma das duas equipas da segunda circular fez melhor que o FC Porto. Será que isso prova alguma coisa?
  • 7 comentários:

    Anónimo disse...

    "Esses adeptos não têm nada para ensinar a Jesualdo Ferreira, nem o professor é uma pessoa com medo como alguns dizem. A prova está nos jogos fora onde costumamos fazer boas exibições. Conhecem algum treinador com medo que vá a Madrid jogar ao ataque como a nossa equipa o fez? "

    Conheço perfeitamente. O amigo é que só conhece o jogo de Madrid, porque se pensar em todos os outros jogos grandes, em nenhum deles jogou assim... Nenhum... O de MADRID FOI UMA AREIA NO DESERTO.

    Explique-me só as substituições aos 88 e aos 90???? A outra foi por lesão... Explique-me??? Será que era para dizer que acabou com mais atacantes??? Era para ganhar o jogo não era???

    Toupeira disse...

    Anónimo, penso que a imagem que roubei ao amigo José responde a muitas questões.

    De qualquer maneira em relação às substituíções, por vezes mais vale um passaro na mão que dois a voar.
    Porque, ao contrário do Sporting que está com um atraso significativo e por isso tinha de arriscar, o FC Porto tinha de jogar pelo seguro quando faltavam poucos minutos para acabar o jogo. Caso contrário podia estar a arriscar o Tetra e isso é que seria criticável.

    dragao vila pouca disse...

    Mais do mesmo.

    Mais um resultado negativo, mais uma fraca exibição, mais uma exibição que frustrou as expectactivas, que estavam altas depois do bom jogo - mau resultado - de Madrid.
    Tudo começa nas opções de Jesualdo: se na capital espanhola ainda se percebe a entrada de P.Emanuel - faltavam pouco mais de 10 minutos, o resultado era
    razoável e havia a perspectiva do Atlético dar tudo por tudo -, ontem, não encontro nenhuma justificação.
    Que ganhou o F.C.Porto, com P.Emanuel a defesa lateral-direito? Ganhou solidez defensiva? Não, não ganhou, porque o capitão portista tem tendência para fechar no meio, deu espaço e abriu autênticas auto-estradas, por onde o Sporting atacou e criou mais perigo. Ganhou alguma coisa ofensivamente? Não, não ganhou, porque P.Emanuel raramente passa o meio-campo. Então porque jogou o Nº3 a lateral? Porque Jesualdo tem medo, não arrisca nada e mesmo sabendo que uma vitória, significaria um grande passo em frente na luta pelo título, a mensagem que o treinador do Tricampeão transmitiu, foi de receio, temor, excessivo respeito, de uma equipa, que na quarta-feira tinha levado 5-0 do Bayern. Não pensar que seriam favas contadas ou que a vitória seria fácil, de acordo, mas nem tanto à terra nem tanto ao mar.
    O que fez Jesualdo para ganhar?
    Alguém percebe, que as substituições, tenham sido feitas - com excepção da entrada de T.Costa para saída de Cissokho, lesionado -, a 7 e 1 minutos do fim? Que poderiam fazer Farías e Tarik, senão queimar tempo?
    Estamos, como em 2004/2005, a entregar o ouro aos bandidos. Assim vai ser muito complicado ganhar a Liga.
    Não foi assim que o F.C.Porto construiu o seu prestígio e se tornou cá dentro e lá fora, uma equipa temida, respeitada e ganhadora.

    Um abraço

    Toupeira disse...

    Tens razão em tudo o que dizes e acredita que o Jesualdo também pensa assim.

    Mas ele teve de fazer uma equipa e não tinha muitas opções (Fucile e Sapunaru estavam lesionados) e optou por um jogador experiente.

    Repara que mesmo o Sapunaru seria motivo de criticas se pudesse jogar porque na cabeça dos adeptos aquele lugar é do Fucile e de mais ninguém.

    Também podia ter optado pelo Benítez, Fernando, Tomás Costa, Mariano ou outro jogador qualquer, mas como o FC Porto tem mais de 2 milhões de treinadores mal habituados e nem todos pensam da mesma maneira, Jesualdo nunca se livraria das criticas caso a equipa não vencesse.

    Porque, e infelizmente esta é a verdade que muitos não aceitam, adeptos como os do Standard não existem em Portugal. ;)

    Anónimo disse...

    A arbitragem condicionou o jogo com nitido prejuizo do FCP.

    Anónimo disse...

    O "tratamento" que a rtp, dá ao FCP, merece uma tomada forte de posição do FCP???!!!

    Anónimo disse...

    "Pode ser o João..."

    Para quem já não se lembra (até porque este foi um caso curioso de silenciamento controlado da comunicação social) esta foi a expressão utilizada por Luís Filipe Vieira depois de ter recusado 4 árbitros internacionais então sugeridos por Valentim Loureiro para apitar o jogo das meias-finais da Taça de Portugal de 2003/2004 contra o Belenenses, jogo cujo clube de Vieira acabou por vencer.

    A conversa entre Vieira e Valentim Loureiro que faz parte das escutas, algures em Março de 2004, é a seguinte:

    Luís Filipe Vieira (LFV) - Eu não quero entrar mais em esquemas nem falar muito...(...)
    Valentim Loureiro (VL) - Eu penso que ou o Lucílio... o António Costa, esse Costa não lhe dá... não lhe dá nenhuma garantia?
    LFV - A mim?! F.., o António Costa? F... Isso é tudo Porto!
    VL - Exacto, pronto! (...) E o Lucílio?
    LFV - Não, não me dá garantia nenhuma o Lucílio!
    VL - E o Duarte?
    LFV - Nada, zero! Ninguém me dá!... Ouça lá, eu, neste momento, é tudo para nos roubar! Ó pá, mas é evidente! Mas isso é demasiado evidente, carago! Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado.(...)
    VL - Talvez o Lucílio, pá!
    LFV - Não, não quero Lucílio nenhum!(...)
    VL - E o Proença?
    LFV - O Proença também não quero! Ouça, é tudo para nos f...!
    VL - E o João Ferreira?
    LFV - O João... Pode vir o João. Agora o que eu queria... (...) Disseram que era o Paulo Paraty o árbitro... O Paulo Paraty! Agora, dizem-me a mim, que não tenho preferência de ninguém (...) à última hora, vêm-me dizer que já não pode ser o Paulo Paraty, por causa do Belenenses.


    Pois é, o Paulo Paraty, para mal dos pecados dos benfiquistas já arrumou as botas e, como nos indicam as escutas, João Ferreira é agora o preferido do presidente do SLB. Esta jornada era decisiva para as aspirações benfiquistas à conquista do título e por isso o clube jogava em dois tabuleiros numa só jornada. E assim, provavelmente, “pelo outro lado”, o SLB lá conseguiu que os seus acólitos da Comissão de Arbitragem colocassem o Lucílio na Luz para apitar o jogo com o Leixões e o João Ferreira no Dragão neste jogo FC Porto x Sporting.

    O árbitro João Ferreira mostrou logo nos minutos iniciais ao que vinha com uma arbitragem tendenciosa e excessivamente permissiva para com os jogadores sportinguistas. A nível disciplinar fez uma exibição miserável tendo perdoado o segundo amarelo (e consequentes expulsões) ao Derlei e ao Rochemback e cometendo a incrível proeza de deixar o Pedro Silva sem ver um cartão amarelo durante todo o jogo. A nível técnico esteve muito mal também marcando as habituais faltinhas a favor do Sporting, pelas quedas de Mortinho & Cia. e fazendo vista grossa à marcação à margem da Lei ao Hulk e ao Rodríguez. As disputas de bola em que o FC Porto saiu por cima eram, na generalidade, interrompidas para a marcação de falta portista. Em síntese, o jogo foi muito mau e o árbitro um dos principais responsáveis. No FC Porto já sabe que para vencer os jogos não lhe serve ser mais forte, tem de ser muito mais forte. Quando esse considerável gap de superioridade não se verifica torna-se muito difícil vencer os jogos, e este foi um deles.


    O jogo em si não foi agradável, o Sporting jogou no seu esquema habitual de contenção, com uma postura defensiva pronunciada, colocando 6 homens na linha mais recuada quando não tinha a bola e com as linhas muito próximas de forma a dificultar o ataque do FC Porto. Notou-se no Sporting uma equipa com grande entreajuda e solidária e tentando sair para o contra-ataque através da rapidez de Liedson e Derlei. No entanto o seu ataque demonstra grandes fragilidades e vive principalmente dos desequilíbrios criados pelo irrequieto Liedson (mas já se nota que a idade lhe começa a pesar…).

    Para este jogo o FC Porto partia limitado nas suas opções para os lugares de defesas laterais e mais ficou depois da substituição de Cissokho por lesão. No entanto não posso concordar com a titularidade de Pedro Emanuel no lado direito. O Capitão por um lado já não apresenta disponibilidade física para jogos de alta intensidade e por outro denota graves deficiências de adaptação ao lugar no que respeita a posicionamento e subidas no terreno. Isso implicou que o ataque do FC Porto pelo lado direito não existisse durante a primeira parte e só passasse a funcionar após a saída de Cissokho, a passagem de Pedro Emanuel para a esquerda e a entrada de Tomás Costa para o lugar de defesa direito. O argentino fez uma boa exibição e até se permitiu avançar para fazer centros para a área criando maiores desequilíbrios na defesa adversária. Porque razão Jesualdo não colocou Tomás Costa de início, mesmo depois de ter visto em Madrid que há deficiências de adaptação ao lugar por parte de Pedro Emanuel?


    O jogo do FC Porto foi mais daquilo que se tem visto no Dragão nos últimos meses: uma enorme dificuldade de fazer golos perante adversários que já estudaram bem a forma de atacar desta equipa e se apresentam fechados na sua linha defensiva. Uma das grandes conclusões que se pode tirar dos últimos jogos disputados em casa é a de que este modelo de jogo está esgotado e já não oferece garantias a um clube como o FC Porto. Não podemos sustentar o nosso modelo de jogo em “transições rápidas” e ausência de pressing sobre o adversário acreditando que as equipas vêm ao Dragão jogar o jogo pelo jogo. Este é um FC Porto sem ideias atacantes e com pouca atitude na disputa e pressing sobre o jogador que tem a bola. Em suma, esta forma de jogar parece-me a economia global: esgotou-se e precisa de uma reestruturação. E o clube precisa de “reforços” que sejam na realidade reforços, já que temos um banco de suplentes que mete dó; precisa de trabalhar para melhorar a eficácia nas bolas paradas; precisa de jogar sempre “à Porto”; precisa de vencer todos os jogos em casa para o campeonato; precisa de uma matriz de bons jogadores com estabilidade para se deixar de falar todos os anos em “equipa em construção” e precisa também de um treinador que incuta atitude e determinação aos jogadores em todo e qualquer jogo, alguém com um forte sentido motivacional.

    O campeonato, esse segue em aberto.
    "reflexãoportista"

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