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19/02/09

Os pides do Ministério Público

  • «Não estou para viver num país onde a revolução de Abril acabou com a PIDE para agora a ver substituída pelo Ministério Público».

    Se não existissem outros motivos, o facto do MP acusar e levar a julgamento Pinto da Costa por causa desta frase já seria suficiente para o Presidente do FC Porto ter razão. É que Pinto Monteiro, o procurador-geral da República, já teve afirmações muito mais graves e ninguém no MP se chateou. Ou então fizeram de conta que não as leram nem ouviram. É que tal como a PIDE do glorioso regime, também este MP não trata todos os portugueses da mesma maneira.

    Pior ainda, consegue tratar o mesmo português de maneira diferente consoante os interesses do momento. A Carolina Salgado por exemplo: quando acusava Pinto da Costa éra uma pessoa cristalina e uma testemunha credível mas quando se acusou a si própria o MP não acreditou nela.

    Por falar nisso, não queria acreditar quando hoje li no JN que os dois agentes da PSP que faziam segurança à ex-companheira de Pinto da Costa foram ilibados de suspeitas de abuso de poder em factos relativos a um acidente em Abril do ano passado, em Gaia.

    Depois não gostam quando são comparados com a PIDE. É que segundo o mesmo jornal, na origem do inquérito estavam suspeitas segundo as quais os elementos do Corpo de Segurança Pessoal da PSP que acompanhavam a testemunha do processo Apito Dourado teriam impedido que outros agentes da autoridade efectuassem o teste de alcoolemia obrigatório em acidentes rodoviários.

    Essas suspeitas apareceram nos jornais e, claro, o MP foi obrigado a inquirir todos os médicos e enfermeiros que contactaram com Carolina Salgado entre 10 e 11 de Abril, após o despiste na Ponte da Arrábida. Todos, sem excepção, confirmaram que não existiu recolha de sangue e que Carolina esteve sempre acompanhada de um segurança que não a largou um minuto.

    Mais: segundo um dos seguranças, foi ele próprio que fez o teste de alcoolemia à sua protegida. Provas? Não tem nem é preciso. Se disse que fez e o teste foi negativo, o MP só tem de acreditar nele. Mais palavras para quê? O melhor é mesmo não escrever mais nada porque já fui avisado algumas vezes que pode ser perigoso.

    Como costuma dizer um amigo meu, é exagerado comparar o Portugal de hoje com o Portugal de Oliveira Salazar. É que nesses gloriosos tempos, não se podia falar nem roubar, que era tudo crime. Agora, apenas não se pode falar. Quer dizer, Pinto Monteiro e mais alguns milhares de favorecidos pelo actual regime, podem.

  • Que provas Maria José Morgado?

    Quando conheceu Pinto Monteiro?
    MJM: Quando fui convidada para a equipa do 'Apito Dourado'. Telefonou-me e marcou uma reunião.

    Sente que é um caso diferente por ser futebol?
    MJM: O futebol tem sempre o mundo dos adeptos que altera as coisas. Mas isso é da vida.

    Mas isso tem alguma influência na investigação do caso?
    MJM: Não pode ter. O Código de Processo Penal é o mesmo, lidamos com provas.

    (Parte de uma entrevista que saíu no Expesso de 01-02-2009)

    Frase tirada do Acórdão da Relação do Porto:
    «“A prova testemunhal [de Carolina Salgado] não se revela a nosso ver e de forma alguma credível”»

    Lidam com provas? Que provas Maria José Morgado?
  • 2 comentários:

    Anónimo disse...

    19-02-2009 LABAREDAS

    Já estão a investigar?

    Há um tema no ar que continua a intrigar o Labaredas. Será que as autoridades competentes já recuperaram as declarações recentes do ex-presidente da Assembleia-Geral da FPF acerca da visita do Sp. Braga à Luz? Já estão a investigar o seu teor e possíveis implicações? Perdoem esta chama de curiosidade, mas não parece normal se as palavras de Mesquita Machado passarem em claro.

    O ex-presidente da AG da FPF afirmou ter «conhecimento de que teria havido influências externas para que o árbitro fosse alterado». Perante isto, já entraram em campo os justiceiros do costume? Ou será que há colours que a razão desconhece?

    Anónimo disse...

    "Para quem sabe ler, o que os desembargadores dizem é que toda a acusação se baseou em preconceitos clubisticos e assentou na credibilidade de uma testemunha que, de todo, a não merece. Ando a escrever isto há dois anos, mas há quem ache que a justiça dos tribunais não presta, a do Comissão Disciplinar da Liga- onde os juízes são escolhidos por influências dos clubes, onde se julga sem contraditório e sem sequer ouvir testemunhas- essa, sim, é que é a verdadeira."


    ESCLARECEDOR este MST.

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