Seja bem-vindo. Hoje é

10/03/07

Porque hoje é sábado...

Existem derrotas e derrotas, e a de Londres ficou-me atravessada na garganta. Por, como já escrevi, duas razões: Pela falta de Anderson mas também pela falta de sorte ou alguma azelhice em momentos cruciais da eliminatória. Só que existe uma terceira e que anda um pouco esquecida, a falta de um bom marcador de livres. Já viram que não temos ninguém que faça a diferença em lances de bola parada?

Vi os dois jogos com o Chelsea ao lado de um amigo e em ambos os encontros ele ia "pedindo" faltas sempre que os jogadores se tocavam à entrada da área. "Para quê?" Perguntava-lhe eu. Dizia-me que talvez uma falta pudesse dar um golo e blá, blá, blá...a conversa do costume, e com a qual não concordava por não ver ninguém na equipa que lhe pudesse fazer a vontade. Talvez o Quaresma, mas...lembrei-me então do Branco. Porquê? Não sei, afinal de contas o ex. lateral esquerdo do FC Porto e da selecção do Brasil não esteve muito tempo no FC Porto e foi apenas um entre muitos jogadores que passaram pelas Antas e que faziam levantar o estádio de emoção sempre que acontecia uma falta à entrada da área.

Cláudio Ibrahim Vaz Leal, mais conhecido por Branco, destacou-se como lateral-esquerdo ao serviço do Fluminense, onde foi tricampeão carioca (83, 84 e 85) e campeão brasileiro de 1984.

Tendo mais tarde estado em três Campeonatos do Mundo (1986, 1990 e 1994). Em 1986, no México de muito má memória para Portugal, Branco venceu muitas desconfianças e foi um dos destaques da selecção comandada por Tele Santana, tendo feito uma das melhores actuações contra a França. Naquela partida, Branco sofreu penalti no segundo tempo, que depois Zico falharia.

Em 1990, na Itália, Branco esteve envolvido numa polémica que Diego Maradona admitiu há uns tempos atrás. Tudo se passou no dia 24 de junho, o Brasil defrontava a Argentina e numa altura em que o jogo estava parado junto à linha, Branco, como fazem tantos jogadores, pediu uma garrafa de água ao banco da Argentina. "Eu fiquei meio tonto. Não imaginei que tinha algo na água", conta Branco. Mas tinha e o suficiente para fazer com que o jogador tivesse de ouvir muitas criticas pela sua actuação, no final do encontro.

Para quem gosta de estatisticas, Branco é ainda hoje, com 70 encontros em jogos oficiais, o terceiro lateral esquerdo com mais jogos na "canarinha" atrás de Júnior, com 79, e Nilton Santos, com 75.


Golo de Branco no Campeonato do Mundo 94

Sobre este assunto podem ler, "Branco mais branco não há"

Com este plantel podiamos vencer a Liga dos Campeões?

Guarda redes: Vítor Baía. O melhor guarda-redes português de sempre, embora exista quem por clubite aguda, não esteja de acordo.
(Mlynarczyk também deixou muitas saudades)

Lateral direito: João Pinto. Outro indiscutível. Apenas um defeito: Alguns centros iam parar à Avenida Fernão de Magalhães.

Defesa Central: Aloísio. Classe pura. No FC Porto tivemos sempre bons centrais (continuamos a ter), e por esse motivo a escolha não é fácil, mas penso que Aloísio não merece discussão.

Defesa Central: E agora? Aí vão alguns nomes que ficavam bem aqui: , Celso, Fernando Couto, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Pepe.

Defesa Esquerdo: Branco. Porque este post lhe pertence e porque andamos a precisar de um defesa esquerdo como ele.

Médio Esquerdo: Futre. Um dos grandes "pecados" do Sporting! Como foi possível terem deixado saír o Paulo Futre para o FC Porto? Por mais anos que viva nunca esquecerei o primeiro jogo que ele fez nas Antas vestido de azul e branco ou aquela jogada na final de Viena em que ele deixa para trás vários jogadores do Bayern e envia a bola ao lado.
(Exitei em meter o Drulovic)

Médio Direito: Ricardo Quaresma. Depois de meter o Futre na esquerda só podia meter o Harry Potter na direita.

Médio Centro: Deco. O Mágico não podia faltar pois não? Só de pensar que ele já pertenceu ao Benfica e foi rejeitado...básicos!

Médio Centro: Madjer. Outro que não deixa dúvidas. Ainda há dias li em qualquer lado que o argelino foi o melhor estrangeiro que passou pelo futebol português e concordo.

Avançado: Kostadinov. Tinha que o meter no onze ideal. Há dias falei sobre ele com um amigo meu francês que trabalha na Suíça e o minimo que posso dizer é que esse meu amigo tem o Kostadinov bem encravado na garganta desde um certo jogo entre a França e a Bulgária realizado em Paris. Jogo esse que ditou o afastamento da França do campeonato do Mundo 94, com um golo nos últimos segundos do encontro. E quem marcou esse golo? Acertaram, foi Emil Kostadinov.
(Jardel também ficava bem ao lado do Gomes)

Avançado: Fernando Gomes. Já não se fazem avançados como ele e isso é quanto a mim incompreensivel. Com 288 marcados ao serviço do FC Porto, o BI-bota de ouro tem um record que será quase impossível de bater. Com uma regularidade impressionante, a sua pior prestação numa época foram 21 golos em 30 jogos em 1984, e a melhor, 39 golos em 30 jogos, na época seguinte.

PS- Quando estava a fazer o post, lembrei-me do Seninho e da sua ida para o Cosmos de Nova Yorque numa transferência de 20 mil contos, 12 mil para o jogador e oito mil para o FC Porto, um record para a época.

3 comentários:

Francisco disse...

Ó Álvaro, concordo, mas, a meu ver, faltam lá dois: o Hernâni e o Cubillas. Um abraço

Anónimo disse...

E ainda o Oliveira, o Rodolfo e o Jaime Magalhães.

Toupeira disse...

Tens razão Francisco. Principalmente o Cubillas porque foi com ele que comecei a ficar viciado nos relatos [na altura não dava para mais ;)] ao domingo de tarde.
Só foi pena que nesse tempo o FC Porto fosse como o Sporting actual e existissem tantas diferenças entre o salário do peruano e os outros jogadores do plantel.

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