Interesse do público anti-portista

Já todos esperavamos que as pessoas que na FPF defendem os interesses do Benfica invocassem "interesse público" porque, como já disse José Manuel Meirim, especialista em Direito desportivo, o pedido de interesse público «suspende de imediato o efeito suspensivo das providências cautelares» apresentadas pelo Boavista e pelo presidente do Conselho de Justiça.

«Assim, as decisões do Conselho de Justiça passam a ser eficazes, até ao Tribunal tomar uma decisão sobre o próprio interesse público invocado pela Federação, analisando a sua fundamentação, ou tomar decisões sobre os argumentos apresentados pelo Boavista e pelo presidente do C.J. nas providências cautelares apresentadas».

Até aqui tudo bem. Os campeonatos estão à porta e, bem ou mal, ainda sou capaz de aceitar que os dirigentes federativos (e não só) tenham pressa em arrumar a casa à custa da descida de divisão do Boavista.

O problema é que, com este interesse público, alguns adeptos mais românticos são capazes de pensar que o Presidente do FC Porto teve azar e apanhou por tabela quando não havia necessidade nem urgência. Não é o nosso caso.

Antes pelo contrário, pois como estamos fartos de saber que em Portugal a justiça desportiva não é isenta nem tenta ser e os lugares na Liga e na FPF continuam a ser mais importantes que os bons jogadores, temos a certeza que o alvo é, como sempre foi, o Presidente do FC Porto. Apenas e só. O que não nos preocupa porque quantos mais castigos e interesses do público anti-portista inventarem, mais milhões terão de pagar em indemnizações. E como mais uma vez Scolari e o Ricardo andaram a brincar com quem os apoiou, não sei onde é que Madaíl vai buscar o dinheiro para nos pagar mas esse não é um problema meu.